Passageiro faz ‘deboche’ sobre bomba em avião e atrasa voo por quase 4 horas

A Polícia Federal foi acionada após um passageiro dizer, "em tom de deboche", que tinha explosivo na mala.

Suspeita de bomba atrasa voo para Teresina por quase quatro horas no Aeroporto de Guarulhos — Foto: Arquivo pessoal/Evandro Pádua

Uma brincadeira em “tom de deboche”, segundo a Polícia Federal, sobre uma bomba em um avião, atrasou um voo para Teresina por aproximadamente quatro horas, na segunda-feira (2). A situação aconteceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU).

A Polícia Feral informou que foi acionada pela administração do GRU depois que um passageiro, um homem de 53 anos, disse ter uma bomba na mala. O g1 procurou o GRU e a Latam e aguarda posicionamento.

O homem fez a “brincadeira” quando o funcionário orientava outro passageiro a despachar sua bagagem. Ao passageiro em questão, foi questionado se na mala dele havia algo de metal e ele teria respondido que havia uma bomba.

“O homem que fez tal afirmativa, em tom de deboche, havia sido repreendido pelo funcionário, porém sua manifestação causou pânico no casal que ouviu a conversa e por este motivo foram acionados os protocolos de segurança”, informou a PF em comunicado à imprensa.

O homem, que estava em São Paulo e havia saído de Chapecó (RS), foi conduzido à delegacia da PF, com testemunhas e funcionários envolvidos. No local, ele negou ter mencionado a palavra bomba.

“Em razão dos fatos foi instaurado, em desfavor do acusado, um Registro de Fato (RDF), que pode ensejar, após uma análise minuciosa dos fatos, tanto medidas criminais quanto administrativas”, afirmou a PF.

Passageiros saem do avião
Conforme a PF, após a denúncia, a aeronave foi removida para a área remota do aeroporto e todos os passageiros foram desembarcados. A situação foi avaliada e as bagagens passaram por nova inspeção com detectores de explosivos e raio-x, mas nada ilícito foi encontrado.

Um dos passageiros, o engenheiro civil Evandro Pádua, relatou como tudo aconteceu. Segundo o passageiro, o voo estava marcado para às 15h e ele estava dentro da aeronave desde às 14h40.

“O avião estava indo em direção à pista de decolagem e, do nada, parou. Eu estava no fundo, não tinha informação de nada. Com 40 minutos o pessoal começou a querer levantar e os comissários só falaram que o avião estava passando por uma inspeção de segurança e pediram para ficarmos sentados”, completou.
Os passageiros então viram viaturas da Polícia Federal chegarem e muita movimentação ao redor da aeronave. “Começou a chegar informação da frente, contando que, aparentemente, um cara falou que tinha uma bomba dentro da mala dele”, disse Evandro.

“Chegaram duas versões. Uma que ele falou brincando, outra que ele estava com raiva porque foi um dos últimos a entrar e teve que despachar bagagem de mão. No começo todo mundo ficou um pouco apreensivo, preocupado, e depois ficamos impacientes com a demora”, completou o passageiro.

Espera e falta de informação
Em seguida, os passageiros foram orientados a sair do avião em grupos de cinco pessoas de cada vez, para revista e raio X. “Eu estava na fileira 25, fui sair quase 18h”, relatou Evandro.

O passageiro afirmou que a aeronave decolou por volta de 19h40. “Aparentemente foi o mesmo avião, estava no mesmo lugar, e chegou em Teresina por volta das 22h30”, disse.

“O ruim mesmo foi a falta de informação. Nem a PF e nem os comissários falavam nada. Só repetiam a mesma frase ‘inspeção de segurança da PF’. Depois só chamaram para embarcar de novo, sem dizer nada”, desabafou.

Fonte: g1

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