Rodolfo Abrantes, ex-Raimundos, diz que ele e mulher sofreram abusos de igreja

Cantor negou qualquer relação com a igreja Bola de Neve de Balneário Camboriú. 'Nosso casamento ficou abalado e sobrevivemos', disse em vídeo no Instagram.

Rodolfo Abrantes, ex- vocalista do Raimundos, afirmou que ele e sua esposa, Alexandra Abrantes, sofreram abusos emocionais na igreja que frequentavam em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O vídeo em que ele fala sobre a instituição foi postado na noite desta quarta-feira (22).

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Rodolfo diz ter sofrido abusos emocionais de igreja em Santa Catarina

“Nós sofremos muitos abusos emocionais, eu creio que muito do despreparo dos pastores que vieram para cá e nós sobrevivemos. Nós estamos firmes, e eu estou aqui para dizer que minha esposa é uma mulher de Deus e tem minha admiração, muito mais pela coragem que ela teve de mostrar a cara, de se posicionar. Ela carrega essa indignação quando vê a injustiça acontecendo”, disse o cantor em um trecho do vídeo.

Segundo ele, o casal tem sido cobrado de um posicionamento em relação a igreja, porque “muitos acreditam até hoje nós fazemos parte do Bola de Neve, que somos pastores do Bola de Neve, ou que somos até fundadores do Bola de Neve. Nós não somos fundadores do Bola de Neve, nunca fomos pastores da Bola de Neve, nós frequentamos aquela igreja e tentamos colaborar da melhor forma possível.”

Ele afirmou que o casal se desligou da instituição, na cidade, em 2011, e preferiu não fazer alarde com a “preocupação de não ser responsável de arrastar pessoas para fora da igreja e ser acusado de mais coisa do que eu fui.”

“Isso não foi recíproco. Eu fui chamado de irresponsável, minha esposa foi chamada de Jezebel. Eu fui chamado até de caloteiro, me acusaram de ter uma dívida com o selo Bola de Neve Music, o que no final de 2022 foi feito uma prestação de contas e eu não devia absolutamente nada.”

No Instagram da Bola de Neve da cidade, há uma nota de esclarecimento em que os pastores Ana Paixão e Natan Nunes afirmam que não retiraram recursos do Instituto Ipê, criado à parte da igreja. Não há menção a Rodolfo e Alexandra.

No vídeo de Rodolfo, ele diz que não vai falar sobre as acusações de fraude contra a instituição, e sim, para se posicionar ao lado da mulher.

“O que eu estou aqui para dizer é que eu estou com a minha esposa, e eu vi o sofrimento dela, o quanto ela sofreu de abusos emocionais naquele ministério, e nós sofremos demais como família, nosso casamento foi abalado naquela época e nós sobrevivemos, mas carregamos cicatrizes de feridas que demoram muito para curar”, disse.

“Eu quero declarar que minha esposa é uma mulher de Deus e sinceramente, admiro muito a coragem que ela tem de dar a cara a tapa e se posicionar de maneira extremamente firme sobre tudo o que aconteceu.”

“Estou aqui para dizer para vocês que nós não temos relação alguma com o ministério Bola de Neve de Balneário Camboriú”, disse. “Eu oro para que você que está me ouvindo aqui, agora, se você está sofrendo esse tipo de abuso, não só na igreja local daqui, mas em qualquer outro lugar, que você lute pela sua família e pela sua saúde emocional e espiritual. Existem inúmeros lugares onde o evangelho está sendo pregado de forma sadia.”

Nota de esclarecimento

Rodolfo, ex-Raimundos, e a mulher, Alexandra — Foto: Reprodução/InstagramRodolfo, ex-Raimundos, e a mulher, Alexandra — Foto: Reprodução/Instagram

No Instagram da igreja Bola de Neve de Balneário Camboriú, há uma nota de esclarecimento sobre a criação de um instituto pelos pastores Ana Paixão e Natan Nunes, responsável pela igreja local.

“Infelizmente, o Instituto Ipê nunca chegou a acontecer, não conseguimos os recursos financeiros necessários para viabilizar os trabalhos”, diz a postagem assinada por Natan e Ana. “

“Assim, apenas de forma simples e com ações sociais pontuais, avançamos para treinar e auxiliar mulheres da nossa comunidade. Nunca tivemos retiradas financeiras do Ipê. Pelo contrário, sempre doamos a nossa vida, tempo e muito amor para que ele avançasse. Embora o Ipê não tenha chegado a nascer perante a lei (enquanto associação formalmente constituída), segue vivo, sob nova direção e engatinhando na casa da rua 1401.”

“Isso só foi possível porque oferecemos nossos nomes para viabilizar as atividades e, se não fosse assim, a obra pereceria diante da burocracia. Nada do que foi doado jamais nos pertenceu: segue sendo cuidado por profissionais dedicadas, à espera de outros chamados a transformar aquele espaço em um lugar de edificação material e espiritual de nossas mulheres.”

“Aconteceu o mesmo com a lojinha e cantina da igreja local. Com o nosso consentimento e disposição, antes mesmo das atuais direções administrativas do ministério sobre o assunto, criamos um CNPJ para permitir que a obra tomasse forma. É fato que, depois, deveríamos ter adequado tal situação ao que nos orienta o corpo jurídico da própria igreja. Isso tudo já está alinhado e resolvido.”

Fonte: g1

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