Programa de Hanseníase da SMS mobiliza população contra a doença

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizará, por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica e do Programa de Combate à Hanseníase, no período de 28/01 a 06/02, uma série de ações mobilizadoras para reforçar a prevenção da população contra a doença. As ações serão desenvolvidas junto às unidades de saúde do município para marcar o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no dia 28 deste mês. A abertura da campanha de mobilização acontece nesta data, às 10h, no 2º Centro de Saúde, unidade de referência para o tratamento da doença.

“A hanseníase é uma doença que atinge cerca de 30 mil pessoas por ano no Brasil e, por isso, é considerada um problema de saúde pública. Conscientizar a população acerca a existência da doença e alertar sobre os primeiros sinais e sintomas são medidas fundamentais no enfrentamento da hanseníase”, afirma a coordenadora do Programa em Maceió, Vânia Barbosa.

Durante o período de mobilização, os profissionais de saúde das unidades – equipe de enfermagem e agentes de epidemiologia capacitados pelo Programa – iniciarão o trabalho com palestras em salas de espera, promovendo a divulgação de sinais e sintomas da doença com a finalidade de eliminar o preconceito e o estigma relacionado à hanseníase. A ação envolve ainda a busca de casos de abandono, a descoberta de casos novos e o incentivo para que as pessoas que convivem com esses pacientes, chamadas de comunicantes, também realizem o exame da pele.

De acordo com Vânia Barbosa, Maceió tem registrado, em média, 130 novos casos por ano. Diante dessa realidade, ela reforça a necessidade da prevenção, que pode ser feita através do exame de pele, onde o profissional de saúde poderá rastrear manchas, caroços e nervos, encaminhando para o tratamento de imediato – que dura entre 6 e 12 meses – interrompendo o ciclo de transmissão.

“Essa doença é de fácil diagnóstico e de tratamento gratuito na rede pública, o que reduz o risco de sequelas, evitando o comprometimento dos nervos, que levam à incapacidade física. Em Maceió, 57 unidades de saúde têm o Programa implantado e estão à disposição da população para esse atendimento”, ressalta a coordenadora.

Dia Mundial
A data foi criada pelas Organização das Nações Unidas (ONU) em 1954, a pedido do jornalista francês Raoul Follereau, conhecido na época do isolamento compulsório para as pessoas acometidas pela hanseníase, como “o pai dos leprosos”. Follereau dizia que era necessário um dia mundial de combate à “lepra”, como era conhecida a doença, para que um dia ela deixasse de existir. Seu objetivo era que os doentes fossem tratados, respeitando-se sua dignidade e sua liberdade.

A doença
A hanseníase é uma doença causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que atinge preferencialmente nervos e pele. Quando não diagnosticado precocemente, pode evoluir com deformidades, gerando o preconceito social. A hanseníase tem cura. Na primeira dose do tratamento, morrem 99% dos bacilos e não há mais perigo de contaminação. Podem surgir manchas avermelhadas ou brancas com alteração de sensibilidade, engrossamento dos nervos e surgimento de caroços, placas, inchaços e perda de força muscular.

A transmissão ocorre pelo convívio com pessoa doente e sem tratamento. A pessoa doente não tratada elimina bacilos ao respirar, falar, tossir. É importante saber que a hanseníase não é hereditária e que a maioria das pessoas (90%) tem resistência natural contra essa doença.

Fonte: Ascom SMS

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