Governador Teotonio Vilela
O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), convocou à imprensa, na tarde desta terça-feira, 07, para fazer um balanço dos seus oito anos de governo. Durante o encontro com a imprensa, Téo Vilela falou sobre o pleito eleitoral e destacou assuntos como dívidas públicas, funcionalismo público e projetos sociais.
Vilela também teceu elogios a sua própria gestão e alegou que Renan Filho (PMDB), irá encontrar a ‘casa’ arrumada. "O próximo governador será o melhor governo de Alagoas. Ele vai pegar um estado enxuto, sem estar devendo na praça e o com o financiamento com o Banco Mundial equacionado", disse o governador.
Vilela aproveitou a oportunidade para falar sobre a eleição 2014 e classificou o pleito eleitoral como tranquilo e ordeiro apesar das dificuldades enfrentadas pelos eleitores, no último domingo, 05, por conta dos problemas com a biometria.
"O resultado da eleição foi positivo, já que, a população foi consciente em votar mesmo enfrentando a chuva e os problemas com a biometria. Telefonei para o governador eleito (Rena Filho) para comunicar que já existe uma equipe de transição nomeada, comandada pelo secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, que irá fazer a passagem de governo de forma transparente. Ele deverá priorizar o que for mais importante em seu governo. Por telefone, o governador eleito disse que estava em Brasília, nomearia uma equipe de pré-transição assim que voltasse a Alagoas", disse Vilela.
Dívidas
Sobre as dívidas com a União, Téo Vilela explicou que há 15 anos, o governo de Alagoas adquiriu uma dívida de R$2 bilhões e o estado já pagou até este ano o montante de R$8 bilhões.
"Pagamos R$ 8 milhões e ainda faltam R$7bilhões. É uma dívida impagável, pois os juros são altos. Também temos empréstimos com o Banco Mundial e BNDES, mas os juros são mais baixos. O governo contraiu um empréstimo de R$1 bilhão e meio, mas está pagando com juros menores. Só este ano pagamos R$400 milhões. Já conversei com Renan Filho e estamos em negociação com o Banco Mundial para que o novo governo entre com R$300 milhões em conta para tocar os projetos. Falta dinheiro para as políticas públicas. Enquanto pagarmos R$50 mil por mês ao Governo Federal, a situação fica difícil", afirmou Vilela.
Funcionalismo público
Sobre a Lei de Promoções, o governador Teotônio Vilela afirmou que o projeto de lei não foi elaborado da forma correta. "A Lei de Promoções é importante, mas não estava dentro dos limites constitucionais. Não poderia nunca sancionar uma lei inconstitucional. Eu poderia responder por isso futuramente. Não pude contratar mais professores e policiais porque não tinha limite no orçamento", disse Vilela.
No entanto, Vilela ressaltou que foi o governador que mais contratou policiais militares. Segundo ele, são cerca de 2.500 recrutados pelo Governo de Alagoas.
Obras e ações do Governo
De acordo com Teotônio Vilela, todas as obras do Programa de Reconstrução serão entregues até o final do seu mandato. Contudo, o governador não soube precisar o número de casas que serão entregues.
Vilela também alegou que dobrou o número de vagas nos presídios e leito em hospitais. Além disso, informou que três unidades prisionais serão entregues até o fim do ano.
Contrariando os altos índices de violência, Téo Vilela voltou a dizer que os números de homicídios reduziram em Alagoas, através do programa Brasil Mais Seguro. "A violência não é só aqui, é em todo Brasil. Já existia quando assumi o governo de Alagoas. Os números reduziram, mas eu não fiquei satisfeito. A violência está ligada 94% ao consumo de crack. No meu governo, nenhum delegado foi indicado por político e os crimes de mando foram investigados".
Crédito: Alagoas 24 horas
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Crédito: Izabelle Targino/Alagoas 24 Horas
