Casal faz campanha para ajudar menino com câncer de fígado

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Um casal de Agudos (SP) se sensibilizou com a história do menino João Vitor que tem câncer de fígado e recebeu uma doação do órgão em agosto deste ano e decidiu usar as redes sociais para ajudar a família da criança, que é de Palhoça (SC). No dia 31 de agosto, o Fantástico mostrou a história do menino que precisava de um transplante e da doadora Tatiana Solanca que precisou emagrecer 27 quilos para poder fazer a operação.
Assim como Tatiana, que mal conhecia João quando decidiu ajudar de alguma forma a criança, o casal de Agudos também foi motivado pelo mesmo sentimento. O corretor de imóveis Vicente Evaristo Damante Netto, que tem um filho que também chama João, e a mulher, Soraya Hussein Damante, decidiram ajudar com os gastos que a família vai ter para se manter por pelo menos três meses em São Paulo, onde João faz o tratamento pós-operatório.

Vicente ainda não conhece João Vitor pessoalmente, ficou sabendo da história dele pela televisão, mas se emocionou e quis ajudar de alguma forma.“Nos sensibilizamos ao ver a luta do guerreiro, como é chamado pela avó, e não conseguimos ficar de mãos atadas. Precisamos ajudar de algum jeito”, contou Vicente. Por isso eles usaram as redes sociais e criaram a campanha "Todos por uma vida".
"Tive a ideia logo após assistir à reportagem, ai entrei em contato com a TV Globo, consegui o telefone da família da doadora e através dela consegui conversar com a mãe e avó do João. Com a aceitação deles lancei a campanha na internet e aos poucos foi ganhando repercussão", conta. Segundo Vicente, o vídeo da campanha teve mais de mil compartilhamentos em um rede social.

João ainda está no hospital em São Paulo, onde fez o transplante, com a avó Maria dos Santos. Ele teve alta da UTI nesta semana, mas permanece no quarto. Após sair do hospital, eles devem ficar por cerca de três meses em São Paulo. “Estamos no hospital ainda, mas quando ele tiver alta, vamos para uma casa de apoio em Jabaquara”, conta a avó.
A campanha pretende arrecadar dinheiro suficiente para Maria e o menino se manterem na cidade. “Não tinha como ficar aqui. Ainda tem muita viagem para São Paulo depois dos três meses”, completa Maria. A família ainda tem os gastos com alimentação, ônibus, táxi.

Mesmo depois dos três meses, João precisará ir ao hospital onde fez a cirurgia fazer acompanhamento médico e a avó terá os custos com a viagem de Florianópolis para São Paulo. "Por isso tudo o que conseguirmos arrecadar é bem vindo, porque ele ainda vai precisar de muitos cuidados e por muito tempo, ele é uma criança e já enfrentou toda essa doença", completa Vicente.

Confiante, Vicente conta que a campanha já arrecadou R$ 7 mil. “Achava que não ia atingir muita gente, mas mesmo assim não podia ficar parado. A nossa meta era arrecadar entre R$ 5 e R$ 10 mil e estamos quase lá. Pensei nesse valor para que a avó não se preocupe com dinheiro, já que ela tem muita coisa importante para cuidar." O número da conta está na página da campanha na rede social.

Entenda o caso
Até abril deste ano, João Victor, de 4 anos, e Tatiana de 33 anos não se conheciam. Ele foi diagnosticado com câncer no fígado quando tinha 2 anos. Ela se sensibilizou com a história do menino quando o conheceu em uma igreja. O menino procurava um doador, mas não tinha ninguém na família compatível. Na intenção de ajudar de alguma forma, Tatiana descobriu que poderia fazer a doação de parte do órgão para João.

O único problema é que ela precisava emagrecer pelo menos 27 quilos para fazer a cirurgia, porque ela estava acima do peso, com 103 kg. Com a ajuda de, até então, desconhecidos, como uma nutricionista e um personal trainer voluntários, ela começou a luta para perder os quilos a mais. Nesse tempo, os médicos chegaram a não dar mais esperança a João, mas ele melhorou e Tatiana conseguiu emagrecer. Com tudo pronto, os dois viajaram para São Paulo em agosto para realizar o procedimento.

Foram quase 11 horas de cirurgia e os dois se recuperaram bem. Tatiana já teve alta e voltou para Florianópolis. João teve alta da UTI, mas continua internado. Ele ainda passará por tratamento durante três meses em São Paulo antes de voltar para casa.

Fonte: G1

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