A greve dos garis, que transformou o centro do Rio em um lixão a céu aberto, levou a Dream Factory, empresa responsável pela produção do Carnaval de rua na cidade, a executar o serviço recolhimento de lixo. Em nota, a empresa informou que fez um mutirão de limpeza nas principais ruas da Lapa e de Santa Teresa a fim de “apoiar o trabalho da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro) e conscientizar a população para a limpeza da cidade e garantir ruas limpas em dias de folia do momo”.
Mais cedo, ambulantes se uniram para limpar parte da avenida Rio Branco a fim de poder trabalhar em um local mais limpo. Em greve desde o sábado, cerca de 500 garis caminharam hoje da Central do Brasil à prefeitura e prometem só voltar ao trabalho quando o governo aceitar negociar.
Os lixeiros pedem para ser compensados pelo trabalho extra no Carnaval e uma alta salarial de R$ 803 para R$ 1,2 mil. A Comlurb afirma que a greve é ilegal e que mantém o esquema especial de limpeza no Carnaval.
No sábado, o Tribunal Regional do Trabalho considerou a greve abusiva. O sindicato atribuiu a um "grupo sem representatividade" a propagação de "rumores de ameaça de paralisação".
