Um furto de 345 kg de explosivos de uma fábrica de cimento na cidade de São Miguel dos Campos ainda atrai uma atenção especial da Polícia Civil. De acordo com o delegado titular de São Miguel dos Campos, Gustavo Pires, as oitivas do caso já foram iniciadas e ele acredita que os explosivos possam ser utilizados por quadrilhas de roubo a banco.
Entre as pessoas ouvidas até esta quarta-feira (20), está um vigilante da fábrica que estava ausente durante a ação criminosa. Segundo Gustavo Pires, o rapaz, que não terá a identidade revelada, chegou a buscar a delegacia para justificar a ausência. “Ele nos buscou e disse que estava doente e que sofria de artrose, então nós colhemos o depoimento dele”, afirmou o delegado sem fornecer mais detalhes.
Ainda de acordo com o delegado, no dia no crime não havia câmeras de segurança. O proprietário do estabelecimento foi convocado a prestar depoimentos à polícia.
O inquérito tem um prazo de 30 dias para ser concluído. Enquanto isso, a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) espera pela finalização para poder entrar no caso. “Por enquanto o delegado Gustavo Pires é quem faz os primeiros levantamentos. Como a quantidade furtada é muito grande, então permanece a suspeita de que tenha sido uma quadrilha especializada em roubo a bancos. Se for confirmada nós entramos no caso”, adiantou o delegado Guilherme Iusten, da Deic.
O crime ocorreu na madrugada do último sábado (16). De acordo com a Polícia Civil, o poder de fogo dos explosivos pode trazer prejuízos a cerca de 300 agências bancárias. O Exército Brasileiro, que controla o acesso do material em todo território nacional, também investiga o caso de forma paralelo.