Ministério da Saúde nega ter desistido de contratar médicos cubanos

Segundo governo, único critério é não atrair profissionais de países com menos médicos que o Brasil. Dilma Rousseff lança hoje, às 15h, o Programa Mais Médicos.

O Ministério da Saúde negou na manhã desta segunda-feira ao GLOBO de que o Brasil teria desistido de contratar médicos cubanos para trabalharem no país. Hoje, às 15h, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff lança o Programa Mais Médicos, que tem por objetivo levar esses profissionais às periferias das grandes cidades, principalmente do Norte e Nordeste. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o governo brasileiro teria suspendido as negociações com Cuba.

A alegação do governo é de que o Programa Mais Médicos não tem exclusão de nacionalidades. O Ministério da Saúde informa, no entanto, que a prioridade será a de contratar médicos de Portugal e da Espanha pela facilidade do idioma e pela experiência no trabalho com saúde da família em comunidades carentes.

De acordo com o Ministério da Saúde, o único critério — previsto no tratado da Organização Mundial de Saúde (OMS) — é para que a contratação de profissionais estrangeiros não seja de países com um número de médicos inferior ao do Brasil para cada cem mil habitantes. Cuba, por exemplo, possui 6,7 médicos por cem mil habitantes. A média brasileira é de 1,8.

A expectativa é que sejam abertos dois editais: um para selecionar os municípios que querem receber profissionais e outro para que os profissionais brasileiros possam se inscrever e escolher a cidade para onde querem ir. Caso as vagas disponíveis não sejam preenchidas por médicos brasileiros, o governo vai autorizar a contratação de estrangeiros.

Ao participar, nesta segunda-feira, do programa semanal “Café com a Presidenta”, Dilma ressaltou que se trata de uma medida emergencial para garantir que essa parcela de brasileiros tenha atendimento “o mais rápido possível”. Dilma destacou que, além dos R$ 7,4 bilhões que já estão sendo aplicados, há previsão, para o ano que vem, de mais R$ 5,5 bilhões.

Fonte: O Globo

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