Estudo aponta que Penedo é o município que mais desmatou em Alagoas
Um estudo denominado de Atlas dos Remanescentes Florestais e divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostrou que o município de Penedo, localizado na região do Baixo São Francisco, lidera a devastação no estado de Alagoas.
De acordo com o estudo, entre os anos de 2011 e 2012, Penedo desmatou uma área equivalente a 42 hectares de Mata Atlântica, ficando no topo do ranking que apontou os oito municípios alagoanos que mais perderam cobertura florestal nativa acima de três hectares.
Dos 68.827 hectares existentes em Penedo, ainda segundo o estudo, hoje existem apenas 5.418, o que representa 8% de cobertura florestal. O segundo município que mais desmatou em Alagoas foi Porto Real do Colégio. Dos 35 hectares de remanescentes florestais da Mata Atlântica, restam, hoje, 109 hectares, que representam 1% do que havia originalmente (15.365 ha).
A terceira posição é ocupada por São Sebastião, município localizado na região do Agreste alagoano. O município desmatou, no mesmo período, 20 hectares. Restam, 561 hectares, que representam 2% do que havia originalmente (25.183 ha), conforme o Atlas dos Remanescentes Florestais. Na lista entre os municípios que mais desmataram a Mata Atlântica aparecem ainda Teotônio Vilela, Marechal Deodoro, Rio Largo, Coruripe e Feira Grande.
“A Mata Atlântica é Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988 e deve ser protegida, uma vez que garante inúmeros benefícios diretos e indiretos, como a regulagem do fluxo de mananciais hídricos, o controle do clima, a proteção das nascentes e rios que abastecem as principais cidades e metrópoles brasileiras. É fonte de alimentos e plantas medicinais. A devastação poderá trazer mais prejuízos enormes para nossa qualidade de vida”, aponta a diretora de Gestão do Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota.
