Semana de Doação de Órgãos será marcada por ações de conscientização

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Mesmo com as campanhas de conscientização para aumentar o número de doadores de órgãos, 59 alagoanos estão na lista de espera aguardando um transplante de córnea e 342 necessitam de uma doação de rim. Para tentar mudar esta realidade e possibilitar que estes 401 alagoanos voltem a ter uma vida normal, a Central Estadual de Transplantes vai realizar ações educativas durante a Semana Nacional de Doação de Órgãos, que acontece a partir desta segunda-feira (23), com atividades em diversos hospitais e uma caminhada pela Orla de Maceió.

Durante as atividades, os familiares de pacientes internados em hospitais alagoanos serão informados sobre a legislação que regulamenta o processo do transplante de órgãos, já que cabe aos médicos realizarem a notificação com o diagnóstico de morte encefálica, conhecida como morte cerebral. Isso porque, segundo a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Kelly Brandão, com este quadro, o coração ainda continua pulsando e, consequentemente, os órgãos estão sendo oxigenados por meio de ventilação mecânica, sendo preservados para a doação.

“Neste processo é necessário sensibilizar os familiares para que autorizem a doação de órgãos dos seus parentes, mas é imprescindível a notificação de que o paciente está em morte cerebral. Só assim, os profissionais das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos poderão abordar os familiares dos pacientes. Por isso, se algum familiar quiser autorizar a doação, deve procurar a equipe do hospital para se informar sobre os trâmites a serem seguidos”, informa Kelly Brandão.

Ainda de acordo com a coordenadora, Alagoas tem realizado transplantes de córnea, rim e coração. Este ano 35 alagoanos foram submetidos a transplantes de córnea e 16 de rins, mas, segundo Kelly Brandão, o número é considerado baixo, principalmente diante a quantidade de pessoas que estão na lista de espera. “Por isso, os familiares dos pacientes internos nas unidades hospitalares devem ser conscientizados que o momento da morte não significa o fim. Esse momento, apesar da dor, representa a oportunidade de exercitar a solidariedade e salvar a vida de alguém que necessita de um transplante de órgãos”, destaca a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas.

Nova Vida – E a prova de que um transplante pode representar uma nova vida para o receptor, pode ser constatada na história da estudante Joene Rebeca de Souza, 17 anos. Depois de ser diagnosticada com insuficiência renal aos 14 anos, há um ano ela conseguiu uma doadora compatível.

De acordo com sua mãe, Joelma de Souza, a angústia e o sofrimento foram grandes durante os dois anos de tratamento. No entanto, depois do transplante, Joene Rebeca voltou a ter uma vida normal e já se prepara para realizar ingressar na universidade, passado a cursar Medicina.

“Sofremos muito, porque não compreendíamos como uma adolescente poderia sofrer de um problema tão grave, que colocou em risco a sua vida. Graças a Deus, a família de uma moça resolveu doar todos os órgãos, depois que ela teve morte cerebral. Esse gesto solidário possibilitou que minha filha tivesse a oportunidade de ter uma nova vida e voltar a sonhar”, relata emocionada a mãe de Joene.

Programação – A Semana Nacional de Doação de Órgãos será iniciada nesta segunda-feira (23), às 9h, com uma panfletagem na Santa Casa de Maceió. À tarde será realizada uma panfletagem no Hospital Arthur Ramos. Na terça-feira (24), haverá também panfletagem no Hospital Geral do Estado, do Açúcar e Sanatório.

As atividades prosseguem na quarta-feira (25), às 9 horas, com panfletagens simultâneas no Hospital Universitário (HU) e Santa Rita, em Palmeira dos Índios. Às 15 horas, será realizada palestra para os alunos da Faculdade de Serviço Social do Centro Universitário Cesmac.

Na quinta-feira (26), às 8h, na Orla da Pajuçara, será promovida uma caminhada. Às 9 horas, na Maternidade Nossa Senhora da Guia, haverá uma palestra e, na sexta-feira (27), às 9 horas, a Central de Transplantes de Alagoas promove palestra e panfletagem no Hospital Chama, em Arapiraca.

Fonte: Sesau

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