Uma comitiva interministerial do governo federal chega a Maceió nesta terça-feira (7) para iniciar os trabalhos preliminares de inclusão do Estado no programa ‘Crack, é Possível Vencer’. O grupo tem encontro marcado com o governador Teotonio Vilela Filho, o secretário de Defesa Social, Dário Cesar, e outros integrantes da cúpula da Segurança Pública de Alagoas a partir das 15h30, no Hotel Radisson.
A comitiva é composta por secretários nacionais dos Ministérios da Justiça, da Saúde e da Assistência Social, além de vários técnicos. Uma das integrantes da equipe interministerial é a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que está responsável pela parte do programa relacionada ao reforço das tropas federais para combate ao tráfico.
Na terça-feira, a comitiva terá uma agenda cheia. Pela manhã, os gestores e técnicos participam de encontros com equipes das Secretarias de Estado da Defesa Social (Seds), da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seades), de Promoção da Paz (Sepaz) e da Saúde (Sesau) para explicar as exigências do governo federal para a adesão definitiva de Alagoas ao programa ‘Crack, é Possível Vencer’.
No período da tarde, a comitiva do governo federal faz visitas técnicas ao Centro de Acolhimento, localizado na praça Sinimbu; à Base Comunitária de Segurança do Selma Bandeira; ao Hospital e à Comunidade Acolhedora de Rio Largo e à favela do Dique Estrada, no bairro do Vergel do Lago.
A intenção é mostrar o que Alagoas já vem fazendo para prevenir e reprimir o tráfico de crack no Estado, bem como o que o governo federal pode fazer para ajudar o Estado a vencer a luta contar a droga.
O programa
O programa ‘Crack, é Possível Vencer’ é a aposta do governo federal para conseguir libertar o País da droga, que já está presente em 95% dos municípios e todos os anos mata milhares de jovens. O combate será feito em três frentes: tratamento de dependentes químicos, prevenção e ações contra o tráfico de drogas.
No tratamento aos dependentes, serão instalados Consultórios de Rua, Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) com atendimento 24 horas, enfermarias especializadas, unidades de acolhimento para adultos e infanto-juvenis, além de comunidades terapêuticas.
Para o combate ao tráfico, o programa prevê a intensificação de operações para desarticular as principais organizações criminosas do tráfico. Nesse sentido, serão adotadas as seguintes estratégias: reforço do contingente da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal e foco nos estados e rotas de maior volume de apreensão de drogas.
Já a prevenção será feita nas escolas e por meio de capacitações de profissionais das redes de Saúde, Segurança Pública, Educação, Assistência Social, Justiça, operadores do direito, lideranças religiosas e comunitárias; disseminação contínua de informações e orientações sobre crack e outras drogas.
Ao todo, a previsão do governo federal é de que sejam gastos no programa R$ 4 bilhões até o ano de 2014. Alagoas é um dos oito estados que devem aderir ao pacto contra o crack ainda neste primeiro semestre.
