IMA e Semarh doam alimentos arrecadados durante o Passeio

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“Amor ninguém pode cobrar de ninguém, mas respeito é diferente. Respeito à mãe e ao pai eu exijo. Pra mim todos são filhos do mesmo modo”. Assim Celina Chaves de Souza explicou como cuida dos 28 filhos que cria com Cláudio Haddad. Entre eles 25 são adotados e nem todos têm um bom estado de saúde, física ou mental. O bonito trabalho e a dedicação do casal fizeram com que a metade dos alimentos arrecadados no Passeio Ciclístico 2012 fosse doada para eles.

A entrega foi feita ontem por representantes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Os dois órgãos realizaram o Mês do Meio Ambiente, entre 05 de maio e 05 de junho, e o Passeio Ciclístico, que aconteceu dia 03 de junho, reuniu mais de 1,5 mil ciclistas. A maioria deles doou um quilo de alimento não perecível no momento da inscrição.

“Ano passado também entregamos para esse casal uma parte dos alimentos arrecadados. A maneira como eles tratam os filhos só podemos dar um nome: abnegação. Eles vivem para isso. Não se trata de uma creche ou um orfanato. É uma mãe e um pai criando seus filhos”, comentou Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA.

Celina e Claudio tinham três filhos biológicos, quando decidiram começar a adotar. Hoje o filho adotivo mais novo está com seis anos e o mais velho com 20. Entre eles 17 são homens. “Quem quer adotar homem? A maioria dos casais quer meninas e de preferência brancas”, diz Celina. Entre os filhos ainda há aqueles que requerem atenção especial por possuir algum tipo de comprometimento na saúde: deficiência física, retardo mental, entre outras. “Estou tentando ser menos egoísta”, brinca a mãe.

Para manter todos, o casal conta com a venda de biscoitos produzidos por eles e com doações recebidas. “Tem o pai das carnes, o pai do leite. Mas, tudo fica no cadeado. A geladeira tem que ser regulada”, explica. A doação feita pelo IMA e pela Semarh chegou a aproximadamente 700kg de alimentos como arroz, feijão, açúcar e milharina.

Além do casal o lar Mãe das Graças, que abriga 22 idosas, recebeu a outra metade dos alimentos. Segundo Maria Cícera Lisboa, uma das coordenadoras, o abrigo tem três anos e é mantido por doações. “Há cinco pessoas que trabalham dando apoio e eles recebem uma gratificação através da doação feita pela família de 10 idosas que moram na casa”, explica.

Três mulheres são responsáveis pela organização do lar, sendo que uma delas reside no local. A família de uma das idosas estima que ela tenha 102 anos, sendo a de idade mais avançada na casa. No quintal do abrigo, está sendo construído um pequeno tanque. “Nós queremos criar tilápia para tirar daí nossa comida”, comenta Cícera. Nos quartos e banheiros, tudo adaptado para evitar acidentes. Entre as moradores, histórias tristes e alegres dão o tom do lugar.

Fonte: Ascom IMA

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