IMA constata contaminação do solo e da água em casa na P. Grossa

A causa da alteração da temperatura, em residência localizada no bairroda Ponta Grossa, em Maceió, é a decomposição de matéria orgânica e geração de gases associada às características do solo da região e conseqüente reações químicas. A conclusão foi tirada após análise dos resultados dos laudos por um grupo de especialistas. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) deverá fazer novas coletas e recomendar uma obra de engenharia.

A matéria orgânica que está em decomposição indica a contaminação daágua e do solo, devido a altíssima quantidade de coliformes termotolerantes encontrados; alta concentração de gás sulfídrico (H₂S) – em quantidade 400 vezes maior do que o normal; a chamada Demanda Biológica de Oxigênio – quando há perda de oxigênio por ação microbiológica – 9,4 vezes superior ao normal; além da quantidade de nitrogênio amoniacal, entre outras substâncias.

A equipe multidisciplinar, formada por biólogo, químico, engenheiro químico, geólogo e agrônomo, se reuniu e analisou os resultados das amostras coletadas, ontem a tarde. O grupo concluiu que os dados indicam que acontaminação pode ser causada por esgoto, provavelmente proveniente da fossa daquela residência ou de alguma outra próxima. “É importante observar ainda que a água encontrada no buraco aberto na sala foi considerada doce, pelos parâmetros utilizados, enquanto a água coletada na parte de trás foi considerada salobra, que é a predominância daquela região. Isso também é indicador que a água da sala pode ser oriunda de vazamento de esgoto”, explicou Ricardo César, diretor técnico do IMA.

A possibilidade de vazamento da fossa e as evidências encontradas quanto a contaminação levaram os técnicos do IMA a fazer nova coleta de águas, ontem a tarde. “Na próxima segunda-feira serão coletadas novas amostras, dessa vez da cisterna, para verificar se a água consumida está também contaminada”, disse Ricardo César.

Até agora foram feitas análises físico-químicas, microbiológicas e de temperatura. Parte da água foi enviada para o laboratório de microbiologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para análise de coliformes, amostras dosolo seguiram para um laboratório particular e a análise físico-química da água foi feita no laboratório do IMA. “Será enviado um laudo e as recomendações para os órgãos municipais competentes, para que sejam tomadas as devidas providências”, comentou Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA.

O diretor de laboratório do IMA, Carlos Soares, disse ainda que os especialistas recomendam que seja feita uma vistoria sobre as condições do esgotamento das moradias da região e que, além disso haja uma obra de engenharia com a colocação de drenos para a saída do gás sulfídrico e a drenagemda fossa existente na casa, “para que sejam feitos os devidos reparos”.

Fonte: Clarice Maia/Ascom IMA

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