São Paulo vence o Bahia e avança na Copa Sul-Americana

Globo.comSão Paulo comemorando o gol

São Paulo comemorando o gol

A paciência foi a virtude que garantiu ao São Paulo a vitória nesta terça-feira. O time, que já tinha vantagem por ter batido o Bahia por 2 a 0, jogou com o resultado na mão, esperando o adversário se cansar para depois colocar fogo numa partida que começou gelada. Em casa, no Morumbi, o time até fez brincadeiras no fim do confronto. Com gols de Willian José e Maicon, o Tricolor Paulista repetiu o placar do duelo em Salvador e garantiu a classificação às oitavas de final, no início da fase internacional da competição.

Não teve reza forte ou orixá capaz de fazer o milagre que o Bahia esperava. Apenas uma vez na história o time venceu o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi, em 1988. O visitante não ficou contando apenas com as forças divinas e se entregou em campo, mas não teve fôlego para uma virada histórica
Agora, o Bahia junta os cacos da eliminação precoce na competição internacional para fugir da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A primeira oportunidade para isso será no próximo domingo, às 18h30m (de Brasília), quando o time recebe o Atlético-GO em Pituaçu.

O São Paulo, por sua vez, comemora a classificação e espera o vencedor do confronto entre a LDU de Loja, do Equador, e o Nacional, do Uruguai. O desempenho no fim do jogo agradou a torcida, que já fez a seguinte cobrança: "Ganhar domingo virou obrigação". A equipe se prepara para o clássico contra o Corinthians, às 16h de domingo, no Pacaembu, pela 19ª rodada do Brasileirão.
Só tropeços

A promessa era de um jogo aberto. Depois de perder em casa por 2 a 0, o Bahia foi ao Morumbi como franco-atirador. Vencer por apenas um gol de diferença ou ser goleado não faria diferença. Assim, o técnico Caio Júnior municiou o visitante com mais armas ofensivas. O anfitrião esperava, então, ter mais espaço para atacar. Nada disso foi visto em campo.

O Bahia até que foi mais agressivo que o São Paulo. Zé Roberto tentou diversas vezes pelas pontas. Mancini arriscou chutes de fora de área. Sobrava vontade aos visitantes, que atacavam e defendiam em bloco, mas faltava pontaria e qualidade nos passes.

O único susto na torcida são-paulina ocorreu aos 13 minutos. Zé Roberto foi à linha de fundo pela esquerda e perdeu a bola para Maicon, só que o volante a entregou nos pés de Lulinha. O atacante, num lance raro de capricho, chutou cruzado, triscando a trave esquerda de Rogério Ceni.

O São Paulo não foi muito melhor. Paciente, o time jogou com o resultado do primeiro duelo debaixo dos braços. O anfitrião tentava furar a barreira baiana com passes curtos, apostando nas assistências de Jadson. No entanto, assim como o rival, os donos da casa falhavam nas definições.

Depois do susto na bola de Lulinha, o Tricolor Paulista até saiu da zona de conforto e foi mais incisivo em seus ataques. Cícero obrigou Marcelo Lomba a fazer sua única defesa num chute da intermediária. Mas foi só aos 43 minutos que a equipe realmente teve uma boa oportunidade. Jadson abriu na esquerda para Cortez, que passou para Cícero. O meia, só com Marcelo Lomba à frente, tropeçou. Um retrato do fraco primeiro tempo.

Festa são-paulina

Depois de uma etapa inicial para esquecer, os dois técnicos mexeram nos seus setores ofensivos. Caio Júnior colocou em campo os atacantes Vander e Ciro no lugar dos pouco produtivos Gabriel e Júnior. Ney Franco, por sua vez, sacou Ademilson e Jadson para a entrada de Osvaldo e Willian José. As mudanças deram outra cara ao jogo. Melhor para o São Paulo.

Coube a Willian José ser a centelha para acender a então gelada partida. Em uma bela jogada individual, o atacante arrancou sem marcação e soltou o pé esquerdo para estufar a rede de Marcelo Lomba, aos 19 minutos, apenas nove depois de ter entrado em campo.

O gol foi um ducha de água fria no já cansado Bahia. Sem forças, o time passou a bater cabeça, especialmente na defesa. Empolgado, o São Paulo aproveitou o momento de desencontro do visitante para ampliar a vantagem. Aos 23, Osvaldo encontrou Maicon livre na grande área. O volante chutou meio sem jeito. A bola desviou em Lulinha para enganar Marcelo lomba e entrar no canto direito.

Com a desvantagem no marcador, o Bahia precisaria de quatro gols para seguir na competição. O time, então, desistiu, parou em campo e só assistiu às brincadeiras são-paulinas. Os minutos finais da partida foram um festival de gols perdidos. Paulo Miranda tentou por cobertura, mas Marcelo Lomba se esticou para evitar o terceiro. Osvaldo arriscou de letra e também parou no goleiro. O anfitrião jogou para fazer a festa da torcida

Fonte: Globo.com

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