CRB é derrotado por 3 x 1 pelo Joinville

Com a Série B em seus momentos decisivos, Joinville e CRB têm metas diferentes no campeonato, mas entraram em campo com um só objetivo: a vitória. A necessidade dos três pontos fez com que os dois clubes protagonizassem, neste sábado, na Arena Joinville, um jogo repleto de emoções e alternativas, apesar do fraco nível técnico. No fim, melhor para os catarinenses, que venceram por 3 a 1 na estreia do técnico interino Marcelo Serrano, acabaram com a série de três jogos sem vencer e mantiveram vivo o sonho do acesso à Série A.

Com 52 pontos, o Joinville, que teve o interino Marcelo Serrano no lugar de Leandro Campos – demitido ao longo da semana -, segue na sexta colocação, e está a seis pontos do Atlético-PR – agora quarto colocado -, a sete rodadas do fim da Série B. O CRB, por sua vez, continua ameaçado de queda, na 16º posição, a dois pontos da zona de rebaixamento.

Teve de tudo
Boas jogadas, gols, lambança, pênalti desperdiçado, vaias, polêmicas, lesão, choro e vilões. Teve de tudo no agitado primeiro tempo na Arena Joinville. O momento decisivo da Série B contribuiu, e as duas equipes se mandaram ao ataque em busca da vitória. O resultado de tanta vontade de vencer foi um jogo tecnicamente fraco, mas com emoções para dar e vender.

Em uma partida tão animada, foram necessários somente seis minutos para a rede balançar. O veterano atacante Aloísio Chulapa fez o pivô na pequena área e rolou para Ednei chutar forte para colocar os alagoanos na frente e calar a torcida do Joinville, que já andava com uma pulga atrás do orelha com o time.

Se a torcida catarinense sentiu o baque em um primeiro momento, dentro de campo o Joinville reagiu rapidamente. Sete minutos após sofrer o gol, o JEC chegou ao empate. Em cobrança de falta, Ricardinho levantou na área, Anderson saiu muito mal e deixou a bola nos pés do zagueiro Maurício, que só teve o trabalho de empurrar para o gol. Uma lambança do goleiro do CRB. Tudo igual na Arena Joinville.

O empate animou a equipe catarinense, que se mandou ao ataque. Aos 19, a primeira polêmica. Em dividida na área, Glaydson caiu, e o árbitro Marcos Penha (ES) marcou pênalti, para o desespero dos alagoanos. Depois de muita reclamação, Lima cobrou e isolou por cima do travessão.

Lima, no entanto, não se abateu, apesar das vaias das arquibancadas. Mesmo após o pênalti desperdiçado, o atacante teve as melhores chances do primeiro tempo. Tentou da pequena área, de cabeça, de todos os jeitos, mas parou no goleiro Anderson – que se redimiu com juros e correção monetária da incrível falha no primeiro gol do Joinville.

E se Lima encontrava dificuldades para marcar de um lado, do outro quem sofreu foi Ricardinho. Quando o Joinville mandava no jogo, o atacante recebeu quase em cima da linha, com o goleiro Ivan batido, mas chutou por cima do travessão. Um lance digno de Inacreditável Futebol Clube.

Antes do apito final, ainda houve tempo para mais polêmica. Leandro Carvalho fez falta dura e desleal, entrando de carrinho e sola na perna de Roberto Lopes. O árbitro aplicou a lei da vantagem, mas não puniu o volante do Joinville. Roberto Lopes deixou o campo chorando copiosamente e foi substituído por Vitor.

Aldair incendeia, e JEC vira
Na volta para o segundo tempo, o goleiro Anderson provou estar mesmo iluminado. Aldair, que entrou no lugar de Glaydson no intervalo, recebeu livre na pequena área e bateu no contra-pé de Anderson, que conseguiu salvar com os pés. Que defesa!

Aldair, porém, incendiou o jogo e rapidamente se redimiu. Aos 18, o atacante – em tarde de garçom – fez um carnaval pela direita e achou William na entrada da área. Ele girou sobre a marcação e bateu forte, no ângulo, sem chances para Anderson. Virada em Santa Catarina.

No fim, as vaias se transformaram em aplausos. Lima, que vinha sendo perseguido pela torcida, recebeu de Aldair, girou e marcou um golaço, semelhante ao da virada. O 14º do atacante selou a vitória e manteve vivo o sonho do Joinville do acesso à Série A.

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