Servidores do judiciário estadual suspendem atividades por 3 dias

Categoria reivindica auxílio alimentação e retroativo do passivo URV.

Priscylla Régia/Alagoas24horasPresidente do Serjal, Ednor Gonzaga

Presidente do Serjal, Ednor Gonzaga

Os servidores do judiciário de Alagoas iniciam nesta terça-feira, dia 20, a suspensão de suas atividades pelo período de três dias em reivindicação ao auxílio-alimentação e retroativo do passivo da URV.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário de Alagoas (SERJAL), Ednor Gonzaga, a decisão de suspender as atividades foi tomada há duas semanas em assembleia da categoria que tenta sensibilizar o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), o desembargador Sebastião Costa Filho, a dar início aos trâmites legais para a efetivação das reivindicações.

Com relação ao passivo da URV, Gonzaga esclareceu que o valor que a categoria reivindica tem referência com os 15 anos de retroativos não liquidados pelo TJ. “O que nós queremos é que pelo menos seja enviada uma proposta com o parcelamento da dívida ou algo deste tipo. Por que o processo é lento e precisa ser votado pela Assembleia Legislativa (ALE) e depois seguir para sanação do governador do Estado,” explica Gonzaga, que diz ainda que a expectativa é de que a proposta seja enviada ainda na gestão de Costa Filho. “Esperamos dois anos por essa negociação e se a proposta não for enviada por estes dias e com medida de urgência o judiciário e o legislativo entram em recesso e só devem voltar depois do carnaval,” ressalta.

Outro assunto em pauta parece ‘interessar’ ainda mais os servidores. “Dos 27 estados da federação apenas três não gratificam os servidores com auxílio-alimentação. Além de Alagoas, Acre e Goiás são os únicos que ainda não entendem o benefício como direito dos servidores,” justifica Gonzaga que relata que o que causa a ‘constrangimento’ e ‘estranheza’ dos servidores é que o mesmo auxílio foi aprovado para os magistrados desde janeiro deste ano e que, em tese, possuem salários significativamente maiores.

Ainda segundo Gonzaga, o desembargador Sebastião Costa Filho disse ter buscado uma forma de realizar os pagamentos, mas que é preciso fazer uma consulta ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Servidores de fóruns do interior do estado também aderem à mobilização.

No caso de os servidores não serem atendidos, uma nova assembleia está agendada para o próximo sábado, dia 24, onde poderá ser votada uma paralisação por tempo indeterminado. “Nós não queremos isso, mas já estamos esperando por muito tempo. Há quase um ano esperamos um benefício que foi estendido para os magistrados. Se não formos atendidos a tendência é a paralisação por tempo indeterminado,” conclui Gonzaga.

Os servidores se mobilizam na tarde de hoje em frente ao Fórum do Barro Duro e amanhã realizam um café da manhã na sede do TJ.

O TJ decretou a ilegalidade da greve por considerar ‘danosa’ para a sociedade sob multa de R$ 50 mil reais por cada dia de greve.

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