Apesar da presença do PMDB no chapão de oposição ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), o vice-governador de Alagoas, José Wanderley Neto (PMDB) declarou – em entrevista ao jornal Tribuna Independente – “o voto pessoal” no atual chefe do Executivo, caso este parta para a reeleição.
De acordo com Wanderley, mesmo que as alianças políticas se confirmem e sua presença na disputa eleitoral não seja ao lado do governador, o voto já é certo. José Wanderley coloca ainda que “partidariamente” segue junto com o bloco liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB), mas avalia que o Governo do Estado tem estado no caminho certo ao “traçar um projeto de desenvolvimento para o Estado de Alagoas”.
Segundo José Wanderley, Vilela – apesar de não falar em reeleição – é “um candidato posto”. O vice-governador acredita ainda que o chapão não é um fato consumado, pois “ainda há tempo para as alianças se desenharem”. “Eu acho que este quadro só se desenhará de fato na época apropriada. Ainda é muito cedo. O que existe é mais especulação e factóides do que necessariamente coisas concretas”.
Indagado sobre a união dos partidos que integram o chapão – incluindo o PMDB – ele responde: “o que une estas pessoas são as questões nacionais. Quando a gente desce para o local, cada partido ou cada personalidade destas agremiações possuem seus projetos pessoais e ainda vão preponderar muito nestas discussões. Então, ainda muita coisa deve acontecer para que sejam firmadas as alianças voltadas para as eleições deste ano. Muita coisa deve acontecer mesmo com as convenções”.
“Se as eleições fossem hoje, o PMDB estaria fora do governo não é? Mas, é como eu falo. Ainda falta tempo para decidir tudo. Na política, os fatos se sucedem com muita rapidez e eles refluem também, o que é uma coisa que torna impossível organizar um pacto político com tanta antecedência”, destaca. “Em um estado tão complicado como Alagoas, com tantas lideranças fortes como Renan Calheiros, Ronaldo Lessa (PDT), Heloísa Helena (PSOL) e o próprio governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), juntar estas pessoas todas não é fácil”, complementa o vice-governador.
Ao falar de sua posição dentro do Governo do Estado, diante das alianças que se formam fora do Palácio, José Wanderley lembra que pertence aos quadros do PMDB e que vai “seguir a orientação do partido”. “Não posso decidir sozinho esta questão. Se houver uma aliança (com Vilela), é possível que o partido me mantenha no posto que estou, mas se não, não vai haver como seguir junto partidariamente. Porém, o meu voto pessoal é do governador Teotonio Vilela Filho. Agora, é improvável eu ser candidato” salienta.
Sobre o futuro político, o vice-governador desmente os boatos de que seria candidato a deputado federal. “O meu sentimento é de não ser candidato a nada. Quero ajudar o senador Renan Calheiros que busca a reeleição. Onde eu tiver, vou continuar ajudando Alagoas. Eu sempre fui uma pessoa que onde estive, foi para ajudar. Não vejo como tão importante assim um mandato”, finaliza.
