Delegado-geral Marcílio Barenco
O delegado-geral de Polícia Civil Marcílio Barenco mudou o discurso da cúpula da segurança pública do Estado e assumiu – em entrevista nesta quarta-feira, dia 3, em entrevista ao Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta – que o número de crimes em Alagoas é alarmante.
Barenco apresentou os números de homicídios, a escala de redução desde de 2006 até agora, mas assumiu que os números ainda são alarmantes. No começo deste ano, os números voltaram a subir, foram mais de 150 crimes de homicídio. Uma média de cinco crimes por dia. “Os números são alarmantes, mas o Estado tem reagido e o governador se preocupa constantemente com isso”, explicou.
O delegado falou ainda sobre a nova escala de trabalho dos agentes da Polícia Civil nos distritos da capital, que passou de 24h de trabalho por 72h de folga para expediente diário nos horários da manhã e tarde e com folgas programadas. O novo horário entrou em vigor nesta segunda-feira.
“Estamos atendendo o que foi deliberado pelo Conselho de Segurança. Chegamos a chamar o sindicato para discutir a nova escala, mas eles não vieram e estamos mantendo as 40h semanais previstas por lei. Nós não vamos discutir assuntos políticos com o sindicato, agora se os argumentos deles foram técnicos, nós discutimos”, enfatizou Barenco.
Quanto as cobranças da sociedade com relação ao inquérito que apura a morte do estudante universitário Fábio Acioli, o delegado-geral disse que “a sociedade espera uma resposta pública. O inquérito não está parado, já está sim com a Justiça, com denúncia aos autores materiais”. Quanto aos autores intelectuais, Barenco falou que no inquérito há indícios mínimos de que teria envolvimento de uma pessoa da classe alta da sociedade, mas que “não são suficientes para oferecer denúncia”, completou.
Marcílio Barenco afirmou ainda que todos os assaltos a restaurantes que aconteceram estão sendo investigados e que a Polícia Civil de Alagoas está dando uma atenção especial ao caso na tentativa de prender os acusados.
