Estado alerta sobre Gripe A

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Para evitar que Alagoas enfrente uma epidemia de gripe A, que somente em 2009 acometeu 31 pessoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforçou alerta nesta quinta-feira (25) à população para adotar os cuidados básicos que podem prevenir a proliferação do vírus H1N1.

A Sesau já iniciou o trabalho de sensibilização dos profissionais de saúde, que devem ser os primeiros a serem vacinados contra a doença, caracterizada por seu caráter epidêmico respiratório agudo e que pode ser transmitida de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro, ou do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. A meta de Alagoas é vacinar entre 8 de março a 7 de maio deste ano 1.065.513 milhão de alagoanos.Para o secretário da Saúde, Herbert Motta, é necessário desenvolver estratégias que possam garantir a contenção da pandemia e a proteção das pessoas, principalmente os profissionais de Saúde, para que mantenham os serviços de saúde em pleno funcionamento.

Motta também prevê a possibilidade de um novo surto da doença em 2010, como já anunciou o próprio Ministério da Saúde. "O cenário é de pandemia e as pessoas devem adotar cuidados necessários para diminuir o risco de infecção. Tivemos em Alagoas o período de férias e um grande fluxo de turistas, por isso, determinamos a antecipação da vacinação no grupo dos profissionais da Saúde, o que certamente vai protegê-los de uma possível infecção pelo vírus H1N1", afirmou o secretário.

Os grupos definidos como prioritários pelo Ministério da Saúde, em comum acordo com Sesau, Conass, CES e Cosems, são os profissionais da Saúde, gestantes, população indígena, portadores de doenças crônicas com menos de 60 anos, crianças com idade entre 6 meses e 2 anos, população entre 20 e 29 anos (podendo incluir pessoas até 39 anos) e pessoas com mais de 60 anos com doenças crônicas.

“Por esta razão, é imprescindível adotar algumas práticas de higiene doméstica, que podem fazer toda a diferença para se evitar a contaminação pelo vírus A H1N1”, destaca a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, acrescentando que a vacinação desses grupos ocorrerá em função deles estarem mais vulneráveis à doença.

Segundo a diretora, a população não deve ficar apreensiva ou assustada, mas intensificar os cuidados básicos que são necessários incorporar ao cotidiano, como lavar sempre as mãos com água corrente e sabão após tossir, fazer uso de lenços descartáveis e não compartilhar copos, toalhas, alimentos e objetos de uso pessoal. Ela disse ainda que já existe um caso suspeito da doença este ano, cuja comprovação ou não deve ocorrer nos próximos dias, tão logo seja concluído o exame do material coletado, na Fundação Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Mas caso surjam os sintomas de gripe, com febre, tosse, dor de cabeça e no corpo, é imprescindível procurar o médico mais próximo, não tomar medicamento por conta própria e acionar o Centro Estratégico de Vigilância em Saúde (Cievs), por meio do telefone 3315-2059 ou 8882-9752. Na Capital, os postos de saúde que estão realizando atendimento de suspeitos da nova gripe são o Pam Bebedouro, Pam Dique Estrada, Pam Rolan Simon (Vergel), Pam Ib Gatto Falcão (Tabuleiro do Martins) e Pam João Paulo II (Jacintinho).

Com relação aos pacientes que possuem plano de saúde, a orientação é que procurem os hospitais privados conveniados, que também já estão aptos a atuarem no diagnóstico da gripe A, sem que seja necessário acionar a equipe do Hospital Escola Hélvio Auto. Somente é considerado caso suspeito da gripe A, o paciente que apresentar doença respiratória aguda, caracterizada por febre superior a 38 graus, tosse acompanhada de dor na garganta e manifestações gastrointestinais.

Cleide Moreira chama atenção, no entanto, para os pacientes que já sofrem problemas cardíacos, hematológicos e respiratórios; menores de dois anos e acima dos 60 anos de idade, além de gestantes, que devem ser vistos com prioridade porque apresentam vulnerabilidade. “No mais, deve ser feito o de sempre: boa hidratação, repouso e alimentação adequada”, recomenda, orientando que, em caso de febre, a recomendação é tomar dipirona ou paracetamol. Já quando ao medicamento AAS (Ácido Acetilsalicílico), ela alerta que é totalmente contra-indicado, porque pode comprometer o fígado e cérebro, inclusive, até levar à morte.

Alagoas realiza entre 8 e 19 de março a primeira campanha de vacinação contra a gripe A nos 102 municípios alagoanos. Na primeira etapa da campanha serão imunizados profissionais da rede de atenção à saúde que atuam no sistema de vacinação das secretarias municipais, além das populações indígenas e, por isso, técnicos da Sesau já iniciaram um processo de sensibilização dos profissionais de saúde.A partir de 22 de março, será a vez das gestantes, pessoas acometidas por doenças crônicas e crianças com seis meses a dois anos de idade. Já a terceira fase, que deve acontecer de 5 a 23 de abril, será destinada aos adultos com idade entre 20 a 39 anos, já que o Ministério da Saúde (MS) ampliou o faixa de vacinação para adultos, que anteriormente seria de 20 a 29 anos. De 24 de abril a 7 de maio, a campanha de imunização terá como público-alvo os idosos, que serão vacinados, simultaneamente, contra a gripe A e a influenza sazonal.

A vacina é destinada aos alagoanos que possuem doenças crônicas, a exemplo de obesidade mórbida, doenças respiratórias crônicas desde a infância, doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória, imunodeprimidos, doenças renais, hepáticas e hematológicas e portadores de cardiopatia e de Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca. A expectativa do MS é vacinar pelo menos 62 milhões de pessoas contra a gripe A e uma parte das 83 milhões de doses da vacina, adquirida pela instituição, será reservada para o caso de haver alterações epidemiológicas ao longo do inverno.

A gripe A foi declarada no dia 25 de abril Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Em 27 de abril, a Sesau implantou o Comitê Estadual para Enfrentamento da Pandemia de Influenza. Desde então, passou a investir na capacitação dos profissionais de saúde, para o diagnóstico dos casos suspeitos e encaminhamentos adequados. A transmissão da doença para pessoas acima de 12 anos, conforme explicou a Cleide Moreira, pode ocorrer um dia antes até sete dias do início dos sintomas. Abaixo de 12 anos, a doença pode ser transmitida um dia antes até 14 dias do início dos sintomas.

Fonte: Ascom Sesau

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