Suspeito de matar Glauco achava que era Cristo

São Paulo – Pessoas ligadas à família do cartunista Glauco Villas Boas, 53 anos, assassinado junto com o filho Raoni, 25 anos, afirmam que o principal suspeito da morte estava convencido de que é Jesus Cristo.

Segundo as testemunhas, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24 anos, que frequentava as cerimônias da igreja Céu de Maria, realizadas na casa da vítima, apareceu na casa após um período de oito meses de afastamento, com o objetivo de sequestrar Glauco.

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, o suspeito do crime | Foto: DivulgaçãoA intenção seria levar o jornalista até a casa em que ele mora com a mãe, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, para convencê-la de que ele é o Filho de Deus.

Após uma discussão, motivada pelas intenções do suspeito, o cartunista foi baleado, assim como Raoni foi momentos depois.

Segundo o delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, da Delegacia Seccional de Osasco, o suspeito era "problemático, não arrumava emprego".

Entenda o caso

O cartunista e seu filho, Raoni Villas Boas, 25 anos, foram mortos na madrugada de sexta-feira (12), com quatro tiros cada, na residência da família, em Osasco (SP). Os dois chegaram a ser levados par ao Hospital Albert Sabin, mas não resistiram aos ferimentos.

Glauco começou sua trajetória como cartunista nos anos 70, no Diário da Manhã, de Ribeirão Preto (SP). Ele publicou suas tira também na Folha de S.Paulo e na revista Chiclete com Banana. O cartunista é famoso por ter criado personagens como Geraldão, Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.

Na casa de Glauco, eram realizados cultos da Igreja Céu de Maria, que segue a filosofia do Santo Daime, prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia todas as formas de intolerância religiosa. Os seguidores tomam o chá conhecido por esse nome. Para eles, a bebida amplia a capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, elevando a consciência do ser humano.

odia.com.br

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