CPI da Pedofilia inicia oitivas sobre escândalo sexual em Arapiraca

A rotina da população de Arapiraca, cidade a 120 quilômetros de Maceió, já abalada pelo escândalo sexual envolvendo membros da Igreja Católica, deve sofrer novas alterações com a presença dos integrantes da CPI da Pedofilia do Senado, presidida pelo senador Magno Malta. A CPI inicia nesta sexta-feira, 16, os trabalhos na cidade.

Os trabalhos estão previstos para ter início às 10h. Os membros da CPI já se encontram na capital do agreste. Pelo menos 25 pessoas devem prestar depoimento aos senadores, entre elas, os três religiosos, monsenhores Luiz Marques, Raimundo Gomes, e o padre Edílson Duarte, os ex-coroinhas e supostas vítimas, familiares, professores e dirigentes da escola onde as vítimas estudavam.

Também estão arrolados para depor, no Fórum de Justiça de Arapiraca, Anderson Silva, Cícero Flávio Vieira Barbosa, Fabiano Ferreira, José Alexandre Bezerra, José Reinaldo Bezerra, Joau Ferreira Santos, Maria Isabel dos Santos, Lenilton Tenório, Ednaldo Santos e três menores envolvidos no caso.

Esta semana, a Polícia Civil de Alagoas cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos três religiosos envolvidos na denúncia de escândalo sexual. A operação foi coordenada pela delegada Bárbara Arraes, uma das responsáveis pelo caso.

Os depoimentos acontecem hoje, sábado e domingo. Além do padres envolvidos no escândalo sexual em Arapiraca, a CPI também deverá ouvir o padre alemão Benedikt Lennartz, 41 anos, pároco do município de Craíbas, denunciado pelo Ministério Público Estadual por pedofilia na internet. A exemplo dos padres de Arapiraca, Lennartz também foi afastado das atividades eclesiásticas.

A denúncia

O escândalo sexual teve início quando imagens do monsenhor Luiz Marques mantendo relações sexuais com um jovem foram divulgadas na mídia nacional. Ex-coroinhas denunciaram os três religiosos de Arapiraca de crimes de abuso sexual, alegando que haviam sido aliciados quando tinham idades entre oito e 12 anos.

A denúncia repercutiu internacionalmente e obrigou o Vaticano a se manifestar publicamente. Já o bispo diocesano de Penedo, dom Valério Breda, determinou o afastamento dos religiosos e afirmou que a punição dos mesmos deve ser anunciada até julho.

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