Servidores do Poder Legislativo não conseguem impedir sessão na ALE

Vanessa Alencar/Alagoas24horasPortões fechados e policiamento reforçado na ALE

Portões fechados e policiamento reforçado na ALE

Os artifícios utilizados pelos servidores do Poder Legislativo, em greve desde ontem (4), não foram suficientes para impedir que os deputados realizassem sessão nesta quarta-feira, 5, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). De forma pacífica e ‘descontraída’, os manifestantes abordaram os veículos dos deputados, tiraram fotos e até colocaram o deputado Gilvan Barros nos braços para tentar atrasar a entrada dos parlamentares no plenário, mas não adiantou.

O presidente da ALE, deputado Fernando Toledo, abriu a sessão depois do horário regimental sob protestos dos deputados petistas Paulão e Judson Cabral, que alegaram descumprimento do regimento interno da Casa e se negaram a participar da sessão.

“Aqui só tem trabalhador. Greve não é coisa de polícia, o Bope deveria estar na rua combatendo bandido”, criticou Paulão a respeito da presença de duas viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)em frente ao prédio da ALE, acionado a pedido da Mesa Diretora.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo, Ernandi Malta, se mostrou revoltado com a situação e com a atitude de alguns servidores que furaram a greve, convocados por deputados para realizar a sessão, e denunciou: “Teve funcionário que entrou na mala do carro dos deputados, feito pacote. Isso é imoral”, disse Malta.

Apesar da movimentação na ALE, hoje o clima era mais pacífico. A vice-presidente da CUT, Lenilda Lima, que pleiteia uma reunião da categoria com a Mesa Diretora, disse que a população está escandalizada com a ALE. “Mais uma vez essa Casa volta a escandalizar a população alagoana. Não cumprem acordos, surpreendem os servidores com a redução dos salários, confiscam os direitos dos trabalhadores, conquistados com tanta luta e ainda chamam a polícia”, ressalta Lima.

O deputado Fernando Toledo classificou o movimento grevista como “ato de selvageria” e disse em plenário que o diálogo com os grevistas ainda não foi encerrado. A previsão é que uma reunião entre sindicalistas, representantes da CUT e da Mesa Diretora aconteça ainda na tarde de hoje.

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