‘Não há risco de surto de meningite em AL’

AssessoriaDiretora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Cleide Moreira

Diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Cleide Moreira

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, descartou a existência de um possível surto de meningite em Alagoas, tendo em vista que os casos registrados ocorreram em localidades diferentes e sem qualquer vinculação ou contato. A diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Cleide Moreira, explicou que só é possível caracterizar surto quando da presença da doença de no mínimo três casos que se relacionam entre si.

Nesta segunda-feira, 10, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde visitaram a escola onde GYSF estudava, com a intenção de identificar contatos e alerta sobre os cuidados e sintomas da doença. Segundo a diretora, a morte do estudante GYSF, de 14 anos, residente no Jacintinho, ocorrida na última sexta-feira, dia 7, no Hospital Hélvio Auto, foi confirmada laboratorialmente como meningococcemia pelo sorogrupo tipo C, uma das formas das doenças meningocócicas mais graves considerando risco de transmissão.

Sobre esse caso, no mesmo dia do óbito, técnicos da Vigilância Epidemiológica fizeram contato com familiares e visita no dia seguinte para identificação dos contatos. “Todos já iniciaram a quimioprofilaxia e receberam orientação para que no caso de qualquer um apresentar quadro de febre, cefaléia e vômito procurar urgente o serviço médico, ficando em alerta durante 10 dias”, informou Cleide Moreira.

Quanto ao segundo óbito por meningite, registrado no sábado (8), cuja vítima DLSA, 28 anos, residia na Ponta Verde, a investigação apontou que não há relação. Além disso, o laudo indicou meningite por fungos, tipo que não há risco de transmissibilidade nem desencadeia medida de controle. “Trata-se de uma doença oportunista, portanto, sem qualquer relação com o primeiro caso”, explicou a diretora.

Casos – Cleide Moreira revelou que em 2010, de janeiro a maio, Alagoas registrou seis casos de meningite meningocócica tipo C, cepa que está circulando com predominância a partir de 2009. “Antes a predominância era a cepa tipo B. Atualmente a situação em Alagoas é endêmica inclusive com tendência à queda do número de casos”, destacou, observando que nesse período é esperado um aumento dos casos da doença.

Vacina – De acordo com a diretora, a partir do mês de agosto, está prevista pelo Ministério da Saúde a implantação da vacina conjugada antimeningocócica tipo C no calendário básico de vacinação na rede pública de saúde, no País, para a população menor de dois anos. Atualmente, em Alagoas a vacina só é ofertada para os pacientes em situação especial, por meio do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), localizado no Hospital Universitário (HU).

Surto – Segundo a diretora, o último surto de meningite meningocócica no Estado ocorreu em 2005, no município de São José da Laje, sendo imediatamente adotadas as medidas de investigação epidemiológica e, junto com o Ministério da Saúde, realizados os procedimentos de controle e prevenção conseguindo debelar o surto.

Fonte: Ascom Sesau

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