Vítimas de enchentes podem pagar contas em atraso sem multas

Reprodução/G1Carteiros têm dificuldade de entregar cartas nas cidades atingidas pelas enchentes

Carteiros têm dificuldade de entregar cartas nas cidades atingidas pelas enchentes

Treze dias após a tragédia que deixou mais de 70 mil desabrigados e desalojados em Alagoas com as enchentes, o cenário ainda é de destruição. Depois de sobreviver a catástrofe natural os moradores das 16 cidades, que decretaram estado de calamidade pública, tentam reconstruir suas vidas sem casas, pertences e boa parte sem documentos. O acesso aos municípios continua precário, o que acaba dificultando, inclusive, o recebimento de correspondências.

As enchentes causaram destruição de prédios públicos, residências, estabelecimentos comerciais e também de agências dos Correios. Em Branquinha e Santana do Mundaú, por exemplo, as agências foram totalmente destruídas, nas demais agências localizadas nas cidades atingidas foram registrados problemas estruturais e quebra de equipamentos que acabaram comprometendo o trabalho.

Segundo o gerente Regional de Vendas dos Correios de Alagoas, Márcio Lins, esses problemas estão sendo reparados e o atendimento nas agências restabelecido. “Além das agências que foram destruídas, apenas Rio Largo ainda aguarda reparos para voltar a funcionar normalmente. Acredito que até amanhã o atendimento seja restabelecido, assim como as demais”, garantiu.

O fato é que centenas de casas foram destruídas, existem casos de bairros inteiros que desapareceram e as cartas não poderão chegar aos destinos.
Nesses casos o gerente explica: “como o carteiro não poderá chegar nessas regiões, ou não poderá entregar as cartas por não conhecer o destinatário, os moradores terão que procurar as agências. Vale lembrar que as correspondências serão devolvidas após 30 dias, caso o destinatário não faça a retirada”, orienta.

“Já os moradores de Branquinha e Santana do Mundaú, que não possuem mais agência, terão que procurar a agência de União dos Palmares, para onde as correspondências foram enviadas”, disse Márcio Lins. O gerente de vendas afirma ainda que as correspondências simples não exigirão apresentação de documentação para retirada, no entanto, documentos registrados (sedex, PAC, Carta Registrada) que possuem valor pecuniário necessitam da apresentação de documentos. “Precisamos nos certificar de que o documento chegará ao dono”.

Nesta quinta-feira a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomendou aos bancos associados que os boletos bancários (de clubes, condomínios, escolas, e todo tipo de assinatura) e os tributos federais, vencidos em 17 de junho até o primeiro dia útil após a normalização da situação, sejam recebidos sem multa.

“Caso algum cliente já tenha efetuado pagamento com multa e queira que o valor seja devolvido, deverá negociar diretamente com a empresa detentora do título”, explica a Febraban. A medida é válida para os 16 municípios alagoanos em estado de calamidade pública: Atalaia, Branquinha, Cajueiro, Capela, Jacuípe, Joaquim Gomes, Santana do Mundaú, Murici, Paulo Jacinto, Quebrangulo, Rio Largo, Santana do Mundaú, São José da Lage, Satuba, União dos Palmares e Viçosa.

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