ALE não cede seus militares para trabalhar nas eleições

Preocupado em reforçar o efetivo da Polícia Militar de Alagoas para atuar nas eleições deste ano, o comandante-geral da corporação, coronel Dário César, solicitou por meio de ofícios que todos os poderes cedessem os militares que se encontram nas assessorias para atuar no pleito.

A resposta foi positiva em relação a maioria das assessorias militares. Porém, a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas negou ceder os homens que fazem a segurança dos deputados estaduais e do prédio sede da Casa de Tavares Bastos. A mesma negativa partiu do Tribunal de Contas. A informação foi confirmada pelo próprio coronel Dário César, em entrevista ao jornalista Plínio Lins, no Conversa de Botequim.

A informação também foi confirmada pelo Alagoas24Horas, em contado com o assessor de Dário César, o tenente-coronel Maxwell Santos. De acordo com Santos, 82 militares estão lotados na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. O ofício negando os militares para o reforço da tropa foi assinado pelo chefe da Assessoria Militar da ALE, tenente-coronel, Paulo Amorim.

Maxwell Santos coloca que Amorim justificou afirmando que no dia do pleito os militares estarão fazendo a segurança dos parlamentares e guardando o prédio físico da Assembleia Legislativa do Estado, que estará fechado durante o pleito. Aliás, no período eleitoral o parlamento alagoano funcionou de forma precária. Várias sessões não foram realizadas por falta de quórum, já que a maioria dos deputados estaduais está diretamente envolvida no pleito.

Alguns são candidatos à reeleição e outros disputam outros cargos, como por exemplo, os de deputados federais. O efetivo militar da Assembleia Legislativa corresponde ao de muitas companhias militares do interior do Estado de Alagoas e é quase o mesmo número do Batalhão Ambiental, por exemplo, que conta com aproximadamente 80 homens.

O pedido de Dário César visava reforçar a quantidade de homens que vão trabalhar na capital. Ao todo, a PM empregará um efetivo de mais de sete mil militares, neste domingo, dia 3 de outubro. No geral, 441 policiais estão em assessorias e fora do policiamento ostensivo.

No caso do Tribunal de Contas, são 39 militares. Somando os dois números (juntando TC e ALE), são 121 militares que estarão fora das ruas nas eleições e “trabalhando” nos prédios fechados dos dois poderes.

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