A parte alta da cidade deverá ser a próxima região beneficiada pelo “Programa de Combate à Cegueira”, instituído pela Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), em parceria com o Instituto de Oftalmologia de Alagoas (Iofal), para detectar possíveis portadores de glaucoma, entre permissionários e fregueses dos mercados de Maceió.
A previsão é de que a próxima edição seja realizada no mercado do Benedito Bentes ou no Tabuleiro, provavelmente no início de novembro. De acordo com o diretor de abastecimento de Maceió, Chico Lopes, a organização do projeto achou prudente suspender a ação durante o período eleitoral, para evitar qualquer conotação política. E como o segundo turno só acontece no dia 31 de outubro, o jeito é esperar o próximo mês.
A primeira edição, realizada no Mercado do Artesanato, beneficiou cerca de 150 pessoas, que realizaram exames preventivos. Chico Lopes explicou que a ideia do projeto é identificar doenças oftalmológicas e, imediatamente, encaminhar os pacientes para o tratamento adequado. Ele contou que o projeto terá sequência, também, em outros mercados públicos.
“A meta é fazer com que os feirantes e qualquer pessoa que frequente os nossos mercados tenham acesso ao projeto”, disse Chico Lopes.
Num estande montado pela Semtabes e Iofal nesses centros populares de compras, as pessoas podem fazer exames para diagnosticar glaucoma, catarata e pterígio (carne crescida). De acordo com o gerente regional do Iofal, Antônio Correia, o objetivo do Programa de Combate à Cegueira é justamente fazer com que os casos de glaucoma diminuam e, consequentemente, os de cegueira também, ressaltou.
Glaucoma
O glaucoma é uma doença de caráter hereditário. Daí a importância de as pessoas que têm casos da doença e de cegueira na família ficarem atentos a esse fator. Seus sinais são dados através da pressão ocular elevada e da escavação do nervo ótico.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2% a 5% da população mundial é portadora de glaucoma. Em Maceió, segundo o Iofal, aproximadamente 38 mil pessoas têm a doença.
