A relação entre Webber (esq.) e Vettel deteriorou ao longo da temporada
Mark Webber e Sebastian Vettel são companheiros de equipe, e nada mais. Responsáveis por oito vitórias em 18 etapas disputadas neste ano na Fórmula 1, os pilotos da Red Bull estão longe de serem amigos, como confirmou Vettel durante o GP do Brasil.
Em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeinen Zeitung, o vencedor de Interlagos no último domingo (7) afirmou que a competitividade entre os dois e os atritos naturais da categoria desgastaram a relação entre os dois.
– Muitas coisas aconteceram nesta temporada. Vamos colocar desta forma: nós provavelmente nunca seremos amigos.
A maior expressão da rivalidade entre os dois aconteceu no GP da Turquia, no final de maio, quando os dois pilotos colidiram ao disputar a liderança da prova. Vettel saiu da corrida e chamou Webber de "louco". O australiano chegou apenas em terceiro e deu a vitória a Lewis Hamilton, da McLaren.
A briga interna da Red Bull é apenas mais um capítulo na longa história de animosidades presente na categoria. Diversas parcerias de talento como Nelson Piquet e Nigel Mansell (Williams em 1986), Ayrton Senna e Alain Prost (McLaren em 1988), e Fernando Alonso e Lewis Hamilton (McLaren em 2007) foram prejudicadas por atritos, dentro e fora das pistas.
No caso de Hamilton e Alonso, agora em equipes rivais, a disputa foi tão intensa que o título acabou indo naquela temporada para a Ferrari, campeã com o finlandês Kimi Raikkonen. Hoje, o inglês da McLaren diz que não tem problemas com o espanhol.
– Estou feliz com a forma que as coisas estão agora, mas eu não teria problemas em tê-lo como companheiro. Quando ele vai para Zurique [Suíça] ele sempre me manda uma mensagem para nos encontrarmos.
Nos bastidores da F-1, já começam a correr boatos de que Webber pode sair da Red Bull em 2011. Tanto ele quanto Vettel vão correr a última etapa deste ano, em Abu Dhabi no próximo fim de semana, com chance de um deles ser campeão. E a escuderia já deixou claro: não haverá jogo de equipe para favorecer nenhum dos dois, mesmo com a liderança de Alonso no Mundial.
