Pastoril do Salvador Lyra foi atração no Engenho

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Em mais uma etapa do ‘Engenho de folguedos’, o pastoril ‘Recordar é viver’ do bairro do Salvador Lyra foi à atração na noite desta quarta-feira (10) nos jardins do Museu Palácio Floriano Peixoto.

Um dos mais conhecidos folguedos populares de Alagoas, o pastoril faz parte, principalmente, do imaginário coletivo das cidades do interior. Em Maceió, ainda existem alguns polos de resistência dos cordões azul e encarnado em bairros como Tabuleiro do Martins, Cruz das Almas e Cambona.

O 3º Encontro de Pastoris, que começou no dia 03 de novembro e se estende durante todo o mês, terá apresentações sempre às 20h das quartas-feiras, nos jardins no Museu Palácio Floriano Peixoto, na praça dos Martírios

De acordo com o folclorista Ranilson França, é uma fragmentação do presépio, sem os textos declamados e sem os diálogos. É constituído apenas por jornadas soltas, canções e danças religiosas ou profanas, de épocas e estilos variados. A origem é de autos portugueses antigos, guardando a estrutura dos Noéis de Provença, na França.

Renovação da brincadeira

É justamente essa riqueza de ritmos, cores e danças que será oferecida ao público, garante Josefina Novaes, presidente da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas, a Asfopal. “Dois grupos irão se apresentar a cada noite, num dos mais belos espetáculos da cultura popular da nossa terra. Todo mundo gosta de ver a disputa entre os cordões azul e encarnado, com a mediação da personagem Diana”.

Do interior alagoano devem passar pelo Engenho de Folguedos os grupos Mensageiro da Fé, do povoado Broma (Marechal Deodoro); Nossa Senhora da Conceição, da Massagueira (Marechal Deodoro); o famoso Nossa Senhora Mãe dos Homens, da cidade de Coqueiro Seco; além do grupo do município de Matriz de Camaragibe.

Para a ex-Diana e ensaiadora de Pastoril, Maria do Socorro, 68 anos, o pastoril é a brincadeira popular mais alagoana que ela conhece. “Muitas gerações cresceram dançando ou vendo a dança dos pastoris, que na minha época eram muitos. Com certeza estarei nesse evento e vou levar minhas netas, que precisam conhecer a cultura do lugar onde nasceram”.

A estudante Cléia dos Santos, 16 anos, sente muito orgulho do vestido encarnado que ocupa espaço de honra do guarda-roupas. “Aprendi a gostar da pastoril com a minha mãe e avó, ambas ex-brincantes. Vou dar continuidade a tradição das mulheres da nossa família", garantiu.

com assessoria.

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