Filme de alagoano abre Mostra de Cinema em Maceió

AssessoriaPreparação de cena; Jorge Oliveira e Roberto de Martin em Quebrangulo

Preparação de cena; Jorge Oliveira e Roberto de Martin em Quebrangulo

A V Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul será aberta oficialmente nesta segunda-feira, 29, em Maceió, a partir das 19h, no Cine Sesi Pajuçara.

O documentário “Perdão, mister Fiel”, do jornalista alagoano Jorge Oliveira, será o longa metragem que vai dar início ao evento cultural que é promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. No geral, serão exibidos 44 filmes com entrada franca.

A solenidade de abertura deve contar com a presença do ministro de Estado – Chefe da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, além do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, e da secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Marluce Caldas, entre outras autoridades do poder público estadual e municipal.

“O cinema é uma das maiores expressões artísticas da humanidade. Com uma linguagem fácil ele é capaz de tocar as pessoas e despertar sentimentos. O objetivo da mostra é trabalhar os direitos humanos de forma diferenciada. É um resgate da cidadania. O Nordeste é prioridade do governo federal e estamos unindo forças para que este evento seja um sucesso em Alagoas”, acrescentou a secretária Marluce Caldas.

Como atração extra, o ministro Paulo Vannuchi vai trazer para a solenidade de abertura da Mostra de Cinema, que será realizada em Maceió, um curta metragem que retrata a trajetória política do senador Teotônio Vilela (pai).

A mostra, que é realizada pelo segundo ano consecutivo em Alagoas, se estende até o dia 9 de dezembro. Durante o evento, serão realizadas duas sessões com audiodescrição para público com deficiência visual e todas as sessões estão adaptadas com legendas closed caption para os deficientes auditivos.

As sessões podem ser agendadas especialmente para escolas públicas e privadas pelo telefone (82) 8805-2232 e pelo e-mail contato@derepente.org ou pelos sites www.derepente.org e www.saudaveisusbversivos.org

Em Alagoas, para garantir o sucesso do evento foi firmada uma parceria entre a Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos com a Secretaria de Estado de Educação; Secretaria de Estado da Cultura, Ordem dos Advogados do Brasil/AL; Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania; Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); Cedim e Rotary para promover uma logística de ações de trabalho para a execução da Mostra de Cinema.

“Perdão, mister Fiel” – A morte de Manoel Fiel Filho é a base do documentário que pretende discutir a intervenção dos Estados Unidos nos países da América do Sul nas décadas de 70/80 e a caça impiedosa aos comunistas através da “Operação Condor”, idealizada pela CIA e adotada pelo regime do general chileno Augusto Pinochet.

Segundo a sinopse, a Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética criou nos norte-americanos um verdadeiro pavor aos comunistas, com mais densidade depois que Fidel Castro assumiu o poder em 1959, criando a expectativa de expansão do regime comunista a outros países da América do Sul, do Caribe e da América Central de 1960 até os anos 80, os americanos financiaram e adotaram todas as intervenções militares no Cone Sul, promovendo um verdadeiro genocídio.

Nos 20 anos de ditadura em apenas três países sul-americanos os números são macabros. No Brasil 300 mortos, incluindo os desaparecidos, 25 mil presos políticos e 10 mil exilados. Na Argentina, em sete anos de ditadura, os mortos e desaparecidos foram 30 mil e os presos políticos e exilados 500 mil. No Chile, em 17 anos do governo Pinochet, morreram ou desapareceram 5 mil pessoas, houve 60 mil presos políticos e 40 mil exilados.

Sobre o diretor – Jorge Oliveira é jornalista desde 1965. Nasceu em Alagoas, onde atuou em todos os veículos de comunicação. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1970. Ali começou trabalhando no Correio da Manhã e passou pelas redações dos principais jornais do Rio e de São Paulo.
No jornal O Globo, Oliveira ganhou o prêmio DER de Reportagem. No Jornal de Brasília, onde trabalhou no início de 1980, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, o primeiro concedido a Brasília.

De volta ao Rio, ganhou no ano seguinte o segundo Prêmio Esso de Jornalismo (equipe) pelo Jornal do Brasil. Em 1988, o jornalista deixou as redações para criar a JCV e passou-se a dedicar ao marketing político.

O prazer e a descoberta de uma nova linguagem foram tão fortes que, paralelo às campanhas políticas, iniciou a produção de documentários autorais e não parou mais. Já produziu “O Mestre Graça” sobre Graciliano Ramos; a “Esfinge Floriano Peixoto” ; e “O Poeta e o Capitão”, sobre Pablo Neruda e Luis Carlos Prestes como qual recebeu o prêmio “Menção Honrosa” no 38° Festival de Cinema de Brasília. Escreveu o livro “Eu não matei Delmiro Gouveia”.

Em 2006, lançou o livro Campanha Política – Como ganhar uma eleição: regras e dicas. Em 2010, também lançou o livro “O Curral da Morte” sobre o impeachment do governador de Alagoas em 1957.

Fonte: Agência Alagoas

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos