Memorial homenageia alagoanos mortos durante regime militar

Secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, esteve em Maceió para inaugurar monumento

DivulgaçãoMonumento foi inaugurado nesta segunda-feira, dia 29

Monumento foi inaugurado nesta segunda-feira, dia 29

O secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, recebeu, nesta segunda-feira (29), o secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, para participar da solenidade de inauguração do “Memorial Pessoas Imprescindíveis”, localizado na Praça da Paz, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que tem o objetivo de homenagear alagoanos mortos por lutar contra o regime militar brasileiro, que vigorou entre 1964 e 1985. Através da iniciativa da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Alagoas se torna o 24º Estado a receber um monumento que homenageia tais vítimas.

“Quem dedicou sua juventude à liberdade acima de interesses pessoais merece esta homenagem e todo nosso respeito”, disse Machado.

Durante seu discurso, o secretário-chefe do Gabinete Civil informou que o Arquivo Público de Alagoas (APA) contém novos fundos arquivísticos e doações de coleções particulares do jornal “A Voz do Povo” e Dops (Departamento de Ordem Política e Social) composto de três séries documentais referentes a documentos diversos, fichas e fotos. Além disso, possui coleções particulares sobre a ditadura doadas por Geraldo Majella Marques e pelo cientista político Alberto Saldanha.

“Todos os arquivos da época do Regime Militar em Alagoas já estão disponíveis através do site Memórias Reveladas. Sem dúvida, um grande avanço”, destacou Álvaro Machado.

Já o secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, lembrou o exemplo de Zumbi dos Palmares para enaltecer a atuação dos nove homenageados em prol da liberdade.

“Esses heróis alagoanos são continuadores do exemplo de Zumbi dos Palmares. Os alagoanos agora têm o dever de cultivar este monumento em memória desses guerreiros”, comentou emocionado o ministro.

Um dos homenageados com a escultura da artista plástica gaúcha Cristina Pozobon foi Gastone Lúcia de Carvalho Beltrão, irmã de Thomaz Beltrão, secretário de educação de Maceió.

“Minha família fica honrada com a homenagem e sabemos que a luta dessa mulher não foi em vão”, falou.

Os outros homenageados foram Odijas Carvalho de Souza, José Dalmo Guimarães Lins, José Gomes Teixeira, Luiz Almeida Araújo, Manoel Lisboa de Moura, Túlio Roberto Cardoso, Jayme Amorim de Miranda e Manoel Fiel Filho.

Em Alagoas, a escultura que retrata uma mão de 2,15 metros é destaque no monumento, e nos 6 metros restantes outras mãos vazadas compõem a obra, que contém também um breve texto sobre cada alagoano.

Durante a solenidade, estavam presentes também o reitor em exercício da Ufal, Eurico Lobo, a coordenadora do projeto Direito à Memória e à Verdade, Maurice Politi, e o Secretário Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania, Pedro Montenegro.

Depois da inauguração, as autoridades também visitaram a exposição “Direito à Memória e à Verdade – A Ditadura no Brasil 1964 – 1985”, que recupera uma passagem histórica vital para a consciência crítica do povo brasileiro, por meio da realização de exposições fotográficas e seminários, além da instalação de memoriais.

Fonte: Renata Arruda/Ascom Gabinete Civil

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