Deputado Rui Palmeira (PSDB)
O deputado federal eleito Rui Palmeira (PSDB) disse estar ‘aliviado em sair da Assembleia Legislativa de Alagoas’. A declaração foi feita ao jornalista Plínio Lins, na noite de ontem, 14, durante programa de entrevistas. Palmeira, que estava acompanhado de familiares, amigos e correligionários, não poupou críticas aos seus pares na Casa de Tavares Bastos e admitiu interesse em concorrer à Prefeitura de Maceió em 2012. “Foi a primeira e a última vez”, disse referindo-se ao mandato como deputado estadual.
O deputado, que encerra mandato este mês, avaliou a experiência na ALE como traumática. Segundo ele, não entrou na assembleia para fazer amigos e nunca encarou o local como clube social, mas se viu impedido de cumprir sua missão em virtude da falta de estrutura no poder. “Falta tudo na Assembleia, o ambiente é ruim, não há condições de trabalho, falta papel, fax, copo descartável, telefone fixo e o elevador está quebrado há meses. O deputado ainda citou a deterioração do prédio.
Quanto à atuação dos seus pares, Rui Palmeira também foi ácido. Reclamou da demora no andamento do processo instaurado após a operação Taturana, desencadeada pela Polícia Federal e que investigou o desvio de cerca de R$ 300 milhões da folha de pessoal. Segundo Rui, alguns acusados teriam movimentado R$ 25 milhões em contas pessoais, o que comprovaria a participação no esquema fraudulento. “Ou a pessoa ganhou na mega-sena ou roubou”. Acho frustrante que o processo esteja parado há três anos. Isso incentiva as pessoas a continuarem no mundo do crime.
Palmeira também questionou a utilização dos recursos na Tavares de Bastos e disse que o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores está sendo usado como bode expiatório. “Eu pedi estudo do impacto financeiro da implantação que previa sobra de R$ 350 mil/mês, que ninguém sabe para onde vai”.
Questionado sobre uma possível candidatura em 2012, para a Prefeitura de Maceió, Rui Palmeira disse que antes das eleições não era peça no xadrez eleitoral, mas que devido à expressiva votação passou a figurar como uma das opções. Contudo, o deputado federal eleito fez questão de ressaltar que a candidatura não pode ser um projeto individual. “Vou trabalhar 2011 na Câmara Federal da melhor forma possível, esquecendo 2012. Se acontecer naturalmente (a candidatura) voltaremos a falar no assunto”.
