Presidente do Sindprev/AL, Cícero Lourenço,
Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 11, os servidores da Saúde estadual decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir do dia 28 de março. Segundo o presidente do Sindprev, Cícero Lourenço, a paralisação só será descartada se o Governo do Estado aceitar negociar com a categoria.
“A categoria deliberou o indicativo de greve, mas espera que o Governo entre em contato para uma audiência. Eles precisam nos dar um parecer sobre a pauta de reivindicações entregue no dia 11 de janeiro, pauta esta que até agora não chegou nem a ser discutida pelo Estado”, disse o sindicalista.
Dentre as reivindicações, reposição salarial e o cumprimento de um acordo firmado em 2008, que até o momento não foi implementado; reestruturação de enquadramento nas carreiras e melhoria nas unidades de saúde, tanto no atendimento à população, quanto nas condições de trabalho.
“O que temos registrado e denunciado na imprensa são os casos de desrespeito à população, de falta de material hospitalar, pacientes acomodados no chão, falta de medicamentos, demora no atendimento, entre outras falhas graves que põe em risco a vida de pacientes e funcionários”, desabafa Lourenço.
A assembleia foi realizada sem a presença de representantes do Sindicato dos Médicos, mas o Sindprev espera que a categoria médica se engaje na campanha.
Caso a greve seja decretada, a categoria manterá apenas 30% dos serviços e o plantão de sobreaviso nas unidades para garantir que casos graves sejam atendidos. “Não queremos prejudicar a população, temos o dever de salvar vidas”, concluiu.
A assembleia final para decidir sobre a greve deve acontecer no dia 21 de março, às 7h, no mini-auditório da UNCISAL.
