Depois dos 40 anos, brasileiros aderem às corridas de rua

G1Silvio trocou a caminhada pelas corridas com acompanhamento de um personal traine

Silvio trocou a caminhada pelas corridas com acompanhamento de um personal traine

"Antes, corrida com 30 mulheres era um número expressivo e virava notícia". A lembrança de Marisa Silva da Cruz, de 67 anos, que corre desde os 40 mostra como a quantidade de adeptos ao esporte mudou e como ele se tornou popular no Brasil. Em Curitiba, segundo dados da Secretaria de Esporte e Lazer, em 2010, 21.800 corredores participaram dos 10 circuitos organizados pela prefeitura. A cada ano, o número de atletas que aderem ao esporte cresce 10%.

De uma brincadeira na confraternização da empresa onde trabalhava a corrida virou coisa séria para Marisa da Cruz. Ela participou de uma corrida rústica de 2,8 km e então não parou mais. Os colegas de trabalho que já praticavam o esporte a incentivaram e 27 anos depois Marisa continua correndo e participa de competições internacionais. “Eu sempre participo do Campeonato Mundial de Máster de Atletismo. Este ano será na Califórnia, Estados Unidos”.

A corredora curitibana já subiu no pódio da competição – que ocorre a cada dois anos – oito vezes, conquistando duas medalhas de ouro. "Lá fora a mulherada corre mesmo, às vezes a diferença é por segundo", disse Marisa.

Segundo Marisa, correr é um remédio. Ela contou que sofria de enxaqueca e quando aderiu aos exercícios parou de sentir dor. “Eu sofria de enxaqueca terrível e depois desapareceu. Dizem que enxaqueca não tem cura, a minha curou”, garantiu Marisa. A atleta brinca que comparada com outras mulheres da idade dela, ela está muito melhor. "Eu não tenho doença nenhuma, me sinto bem, me sinto viva".

E quando questionada até quando Marisa pretende correr, a resposta é simples: “enquanto Deus me der saúde e perna, eu vou correr”. Ela destaca que o objetivo dela é ser como muitas mulheres que conhece e que tem 80 anos e continuam correndo.

Marisa, que hoje é aposentada, treina de segunda a sábado cerca de uma hora e meia por dia. E há quatro anos, contratou um profissional de educação física para acompanhá-la.

Depois de anos de caminhadas, o administrador Silvio Joucowski, de 58 anos, decidiu ingressar na equipe dos corredores de rua. “E optei pela corrida para manter a qualidade de vida, todo mundo fala que é apaixonante”, afirmou o administrador. Mas o mais novo adepto ao esporte confessou que correr ainda não é prazeroso. Ele diz que está experimentando e que ainda encontra dificuldades, alguns desconfortos.

A meta de Silvio é participar de corridas de 10 km. Ele treina duas vezes por semana, aproximadamente, uma hora e vinte minutos. De acordo com Silvio, o filho mais velho que corre provas de 10 km, serviu de incentivo. “Eu me baseei nele”, afirmou o administrador.

O personal trainer Ney Katsumi Coelho Doi explicou que os desconfortos são normais para quem está começando a correr, principalmente, pela falta de condicionamento físico. “Vai sentir dores musculares e cansar mais rapidamente”. O recomendado é que antes de começar a pessoa procure um médico, faça uma revisão para saber se pode praticar exercícios como a corrida e não começar sozinho. Há ainda outros cuidados como a escolha de um tênis adequado e evitar terrenos de diferentes níveis.

Fonte: G1

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