A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) está lançando a segunda edição da Campanha Nacional “Prematuro Imunizado é Prematuro Protegido”, que tem o apoio do Instituto Abrace (ONG formada por mães de prematuros) e a Abbott apóiam a ação. A campanha tem como objetivo conscientizar médicos e a sociedade sobre a importância da imunização adequada de prematuros com fim na redução da taxa de hospitalização de bebês prematuros no seu primeiro ano de vida.
Segundo dados mais recentes divulgados pela SBIM, em cerca de 10 anos a sobrevida do bebê prematuro aumentou de 60% para a 95%. Para a entidade o aumento da expectativa de vida se deve à evolução dos métodos de tratamento, tecnologia e mobilização preventiva.
Os dados revelam ainda que sete em cada 100 bebês que nascem no Brasil são prematuros. Destes bebês nascidos com idade gestacional inferior a 35 semanas, 15% são hospitalizados por conta do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por infecções respiratórias, como bronquiolite, pneumonia. O VSR, ainda pouco conhecido pela sociedade, é o principal agente de infecções respiratórias em crianças prematuras.
Para se ter uma ideia o risco de complicação e a taxa de hospitalização – em decorrência da infecção pelo VSR – nestes bebês é de 10 vezes mais que os nascidos de gestações completas.
O neonatologista Renato Kfouri, Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) explica que os prematuros necessitam de atenção diferenciada quando se trata de imunização. Além das vacinas comuns aos bebês, eles precisam devem tomar vacinas como Hepatite B e se imunizar contra o VSR.
O calendário de vacinação para prematuros é diferenciado e está disponível no site da campanha (www.prematuroimunizado.com.br).
A proteção contra o VSR é indicada durante os meses de maior circulação do vírus que vai de março a setembro (devem ser aplicadas cinco doses ao longo de cinco meses). A campanha orienta ainda sobre a forma e periodicidade de imunização contra doenças como tuberculose, hepatite B, pneumonia, gripe, poliomielite, diarréia pelo rotavírus e as enfermidades cobertas pela vacina tríplice (tétano, difteria e coqueluche).
Em Alagoas o Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE) responsável pela disponibilização do palivizumabe, para proteção contra as infecções causadas pelo VSR, funciona no Hospital Hélvio Auto, no bairro do Trapiche.
