Oscips são criticadas durante sessão sobre saúde pública

Promotora também anunciou pedido de concurso público para o HU.

Organizações sociais são criticadas durante sessão sobre saúde pública
‘Quando essas organizações entram em ação, o dinheiro da saúde vai para o ralo, ou seja, para o bolso de alguém’, declarou presidente do Fórum em Defesa do SUS.

A problemática da saúde pública no Estado foi o tema da sessão especial realizada nesta segunda-feira, 15, no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). A sessão, proposta pelo deputado Judson Cabral (PT), reuniu representantes de várias entidades ligadas ao segmento.

Primeira a usar a tribuna após a fala do petista, a reitora da Uncisal, Rozangela Wyszomirska apresentou as atividades desenvolvidas pela instituição e destacou que, embora tenha capacidade para atender a população, a Uncisal necessita com urgência de capacitação para os seus servidores.

O presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado, Humberto Gomes de Melo, também usou a tribuna da Casa e criticou os valores repassados pelo SUS para a rede hospitalar. Segundo ele, a saúde pública no Estado não tem recebido a atenção prometida pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Já o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Benedito Alexandre, criticou a cobertura restrita do Programa de Saúde da Família (PSF) de Maceió, estimada em 27%. Segundo ele, caso a cobertura não melhore, o Hospital Geral do Estado (HGE) continuará mergulhado no caos. O presidente também disparou duras críticas em relação às Oscips (Organização Social de Interesse Público) e afirmou que “privatizar a saúde pública é um grande equívoco".

O presidente do Sindicato dos Médicos, Wellington Galvão, também denunciou que, nos locais onde a gestão da saúde pública é feita por meio de organizações sociais, sempre há oportunidades para desvios e sugeriu que o secretário estadual da Saúde, Alexandre Toledo, verificasse a situação em Santana do Ipanema.

Wellington Monteiro, presidente do Fórum Estadual em Defesa do SUS, chamou a atenção para a carência de leitos hospitalares em Alagoas e também apelou para que os deputados rejeitem o projeto de lei que permite a gestão da saúde pública por meio das Organizações Sociais (OS).

Ele citou dados que apontam para desvios na saúde pública quando se adota essa modalidade de gestão. "Quando essas OS entram em ação, o dinheiro da saúde vai para o ralo, ou seja, para o bolso de alguém", declara Monteiro.

Concurso Público

Em sua fala, a promotora Michelini Tenório informou que o Ministério Público entrou com ação para que o Hospital Universitário realize concurso público para um melhor funcionamento da instituição e defendeu a implantação de todos os programas disponibilizados pelo governo federal para otimizar o funcionamento da rede pública de saúde.

A promotora também criticou o Hospital de Santana do Ipanema, que não teria condições de funcionamento.

Último a ocupar a tribuna, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Toledo, frisou que simplesmente investir recursos financeiros não é a solução dos problemas na saúde pública e informou que o governador Teotonio Vilela Filho é o único governador que tem dado atenção à saúde básica, “sem a ajuda de ninguém", afirmou.

Fonte: Sessão Pública

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