Alagoanos sofrem à espera de cirurgia de redução de estômago

Ascom/Joãozinho PereiraDeputado Joãozinho Pereira

Deputado Joãozinho Pereira

As cirurgias de redução de estômago (bariátricas) em Alagoas serão discutidas na próxima segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa, a partir das 15horas. A proposição é do deputado estadual Joãozinho Pereira (PSDB), que demonstra preocupação com a pequena quantidade de cirurgias bariátricas por ano feitas pelos hospitais de Alagoas e do grande número de pessoas que aguardam a operação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), correndo riscos de saúde.

“Quando assumi o mandato de deputado levantei o número de cirurgias bariátricas que Alagoas estava fazendo e tomei um susto. Apenas 20 cirurgias são feitas no Estado, por ano e tem uma fila de 1.500 gordinhos para serem operados. Esse é o número das pessoas que estão na formalidade e os que estão na informalidade, nos municípios mais longes da capital. É fundamental a parceria do governo do Estado e da Secretaria de Saúde de Maceió para alcançarmos o objetivo, que é aumentar o número de cirurgias bariátricas em Alagoas”, afirma Joãozinho Pereira.

Em Alagoas apenas o Hospital Universitário faz a cirurgia bariátrica e o representante desta unidade de saúde foi um dos convidados para as discussões na ALE, bem como do Hospital do Açúcar, Santa Casa de Misericórdia de Maceió e Associação dos Obesos de Alagoas, além dos secretários de Saúde do Estado e da capital.

“Vamos discutir para encontrarmos um novo rumo para essas cirurgias pelo SUS. Que elas saiam de apenas 20 anuais para cerca de 60 a 100. Quem tem planos de saúde ou condições de pagar tudo bem e quem não tem fica correndo riscos de saúde, como diabetes tipo 2, doenças no coração, pressão alta, infarto e até de morte, devido aos problemas causados pela obesidade mórbida, além do preconceito e autoestima. Sou um ex-gordinho, fiz a cirurgia há oito anos quando alcancei os 185 quilos. Hoje com 95 quilos percebo o quanto essa cirurgia transformou minha vida”, explicou o parlamentar.

Segundo dados do Hospital Universitário, de 2002 até setembro deste ano apenas 380 cirurgias bariátricas foram feitas em Alagoas, ou seja cerca de quatro por mês. Destas, 90% foram em mulheres. A demora na marcação da cirurgia é proveniente da dificuldade para a realização dos exames pelo SUS e, mesmo estando na fila de espera, muitas vezes os exames são feitos de forma particular.

A fila de espera no H.U. por cirurgia bariátrica conta com cerca de 600 a 700 pacientes e, de acordo com a nutricionista do programa, Emília Wanderley, este ano as inscrições foram suspensas porque não estão atendendo à demanda e só irão retomar no próximo ano.

Requisitos

Para ser um dos candidatos à cirurgia bariátrica pelo SUS, o paciente precisa atender a alguns pré-requisitos. Apenas obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 50, ou 35 agravado pelas comorbidades (doenças associadas à obesidade, a exemplo do diabetes e da hipertensão) e que não conseguiram perder peso com dietas e exercícios físicos podem ser operados, sendo contraindicada para dependentes químicos.

Fonte: Ascom/Joãozinho Pereira

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos