Operação Rodoleiro: diretores afastados têm prisões prorrogadas

O delegado federal Antônio Miguel, pediu nesta segunda-feira, 24, a prorrogação das prisões Deivis Portela de Melo Filho, ex-diretor financeiro do Tribunal de Contas do Estado, e José Pereira Barbosa, ex-diretor de Recursos Humanos do órgão, presos durante a Operação Rodoleiro deflagrada Polícia Federal e Receita Federal, com apoio da Força Nacional, no dia 20 de outubro.

Os diretores afastados e um empresário de uma academia localizada na Pajuçara são acusados de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Segundo a PF, os acusados teriam sonegado cerca de R$ 100 milhões desde 2005.

O delegado pediu apenas a prorrogação das prisões temporárias (cinco dias) de Deivis Portela e José Pereira ao juiz da 2ª Vara da Justiça Federal em Alagoas. O empresário deverá deixar a prisão ainda hoje, quando se encerra o prazo da prisão temporária.

Entenda o caso

A fraude foi descoberta depois que a Receita Federal notou uma discrepância entre o valor apresentado no Contrato Social da Academia e suas instalações. A polícia desconfia que parte dos recursos desviados pode ter sido utilizado para a construção e aquisição de equipamentos do estabelecimento. Outra suspeita da polícia é que 102 cavalos de raça encontrados em um haras no município de Atalaia também tenham sido comprados com dinheiro da fraude.

Esta suspeita deu origem ao nome da operação. Rodoleiro é o nome de um carrapato comumente encontrado em cavalos. Ainda segundo informações do delegado da Receita Federal Edmundo Tojal, somente entre os anos de 2009 e 2010 R$ 30 milhões teriam sido sonegados pelo grupo que também atua em outras oito empresas do mesmo grupo.

Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência dos três suspeitos e na academia, onde foi apreendido um cofre. Os suspeitos estão na sede da Polícia Federal, no Jaraguá, prestando esclarecimentos à PF e serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e desvio de recursos públicos.

Uma agência do Banco Bradesco situada dentro do TC também será alvo de investigação da polícia que verificará se houve a participação de funcionários no esquema.

Justiça

No final desta tarde o juiz Sergio Wanderley, da 2ª Vara da Justiça Federal de Alagoas, deferiu o pedido de prorrogação da prisão dos diretores afastados do Tribunal de Contas de Alagoas, Devis Portela de Melo Filho e José Pereira Barbosa, feito pela Polícia Federal.

Atualizada às 18h30.

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