O ex-presidente do Santos, Marcelo Teixeira, publicou em seu blog pessoal nesta sexta-feira a explicação sobre o caso da penhora da Vila Belmiro. Segundo o antigo mandatário, conversas têm sido mantidas com representantes da atual diretoria santista para que se chegue a um acordo sobre a forma de pagamento da dívida do clube com ele. Enquanto isso, a penhora do estádio está suspensa.
O assunto voltou à tona depois que a Vila foi considerada objeto de leilão no site do Canal Judicial. De acordo com o site, o leilão ocorreria entre o dia 29 de novembro e 2 de dezembro. O valor mínimo seria de R$ 106 milhões.
Mais cedo, em entrevista à Rádio Estadão ESPN, o ex-mandatário santista afirmou que foi a atual diretoria do Santos quem ofereceu a Vila Belmiro como objeto de penhora e diz que já existe acordo com o clube para acertar a dívida. "Não queremos nenhum bem do clube, não queremos a Vila Belmiro. Quem ofereceu o bem à penhora foi o Santos Futebol Clube."
"Tranquilizo os torcedores santistas, pedimos a suspensão junto à Justiça para que pudéssemos ter esse entendimento e não ter esse risco para o nosso estádio", afirmou Teixeira.
"Já existe o entendimento há algumas semanas, graças a Deus. Estávamos dispostos a chegar a isso. Nem queríamos que esse assunto chegasse à Justiça. Estamos trocando essa documentação. Já antecipo: da minha parte, pedimos a suspensão de no minimo 30 dias do leilão", garantiu.
O ex-presidente revela que procurou o clube antes de acioná-lo judicialmente, visando o ressarcimento da dívida, contraída pelo Santos junto à Universidade Santa Cecília, de propriedade da sua família.
Explicação:
O ex-presidente Marcelo Teixeira lamenta que a situação tenha chegado a isso e esclarece que a penhora da Vila é notícia velha, pois esta decisão judicial ocorreu há meses. Quem indicou a Vila Belmiro a penhora foram os atuais dirigentes do clube, decisão que foi acatada pela Justiça e pode ser revertida assim que houver o acerto entre as partes. Em seus 10 anos como dirigente, Teixeira nunca indicou a Vila como bem a penhora, por entender o seu valor histórico e o que o estádio representa como patrimônio para o esporte brasileiro.
Marcelo Teixeira esclarece ainda que sempre esteve aberto ao diálogo, realizou várias gestões para resolver a situação amigavelmente da melhor maneira possível antes de acionar a via judicial. No momento, estão ocorrendo conversações e informa que, diante desses possíveis entendimentos, estão suspensas estas decisões, visando o acordo entre as partes.
