Catedral Metropolitana passou por obras de restauração
Quem passa diariamente pela frente da Catedral Metropolitana de Maceió, localizada no Centro da cidade, já observa as mudanças após a retirada dos andaimes para restauração das torres sineiras da igreja. Após processo de melhorias em sua estrutura física, a importante obra arquitetônica, construída no século XIX, chama a atenção pela imponência e beleza.
A Catedral Metropolitana passou por reparos em sua estrutura física e com a conclusão do restauro das torres sineiras, será entregue simbolicamente aos alagoanos este mês, quando será realizada a solenidade de entrega da obra.
Segundo a diretora do Pró-Memória, Ariana Moraes, com a realização da obra, a Catedral Metropolitana de Maceió recebeu substituição de reboco, nova pintura, melhorias na iluminação e nas instalações elétricas, além da restauração das torres sineiras, onde foi realizado um trabalho minucioso de recuperação dos azulejos portugueses existentes nas torres.
Para a execução do trabalho, foi contratado o restaurador baiano Estácio Fernandes, que iniciou o procedimento com aplicação de herbicida para remover a vegetação existente nas torres e posterior reaproveitamento das peças originais.
Depois da remoção das peças, foi realizada a intervenção, a limpeza química e mecânica do biscoito e vidrados dos azulejos, seguida de colagem das peças encontradas partidas, utilizando fragmentos originais encontrados no monumento.
Entre os trabalhos que Fernandes já fez pelo Brasil, estão o restauro de fixação dos vidrados dos azulejos do Convento de São Francisco, em Salvador, e o segundo maior conjunto de azulejaria portuguesa. Ainda na Bahia, fez o restauro dos azulejos internos e das torres da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, situada no Pelourinho.
A parceria para execução das obras de restauração envolveu o Ministério da Cultura (MinC), contrapartida do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Tombada em 1988 pelo Governo de Alagoas, a Catedral aguarda tombamento pelo Patrimônio Arquitetônico Nacional.
O secretário de Estado da Cultura destaca a importância do tombamento da Catedral também em nível federal. “Tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público com o objetivo de preservar bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados”, justificou.
