Alerta: sepse pode matar se não diagnosticada e tratada a tempo

AssessoriaProfissionais participam de palestra no Centro de Estudos da Santa Casa

Profissionais participam de palestra no Centro de Estudos da Santa Casa

Internado na enfermaria de qualquer hospital do País ou mesmo em casa, se recuperando de uma forte gripe, determinado cidadão começa apresentar calafrios, febre alta e dificuldade respiratória. Em seguida, a frequência cardíaca e a pressão começam a cair. O fluxo sanguíneo sofre alteração e os rins trabalham com dificuldade. O paciente entra em choque, sofre uma parada cardíaca e vem a óbito. O cidadão hipotético foi acometido pela sepse, mal que afeta 500 mil pessoas por ano no Brasil.

Para alertar os profissionais da Santa Casa de Maceió sobre o problema, a instituição trouxe a Alagoas o diretor médico do Hospital Unimed Joinville, o intensivista Glauco Westphal, um dos pioneiros em sepse no País.

Em palestra que superlotou o Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota, o especialista alertou os médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem e demais profissionais da equipe multidisciplinar para que estejam atentos aos sinais da sepse no organismo.

“O diagnóstico precoce da sepse e o tratamento iniciado até uma hora após os primeiros sinais são decisivos para que o paciente não venha a óbito. A sepse pode ocorrer em casa e no ambiente hospitalar, sendo combatida com antibiótico e hidratação por via venosa. O que não pode é a automedicação e a administração aleatória de antibiótico”, alertou.

No Brasil

Sepse é a principal causa de mortalidade em unidades de terapia intensiva não-cardiológicas em todo mundo, especialmente em decorrência de disfunção de múltiplos órgãos. Estima-se uma taxa de mortalidade média de 50%.

Do ponto de vista populacional, cerca de 18 milhões de novos casos de sepse grave são diagnosticados a cada ano em todo mundo.

Dentre as diversas iniciativas para combater o problema, a mais ambiciosa é a Surviving Sepsis Campaign (ou, em bom português, Campanha Sobrevivendo à Sepse), do qual a Santa Casa de Maceió é participante ativa.

A sepse é uma síndrome que acomete os pacientes com infecções severas. Ao reagir fortemente a ataques externos (geralmente de bactérias), as defesas do organismo provocam um estado de inflamação que pode ser tão intensa a ponto de causar distúrbios, como choque circulatório, alterações na coagulação e falência múltipla de órgãos.

Segundo o intensivista Glauco Westphal qualquer infecção mais grave pode levar à sepse. Para se caracterizar como tal basta apresentar uma infecção com alguns dos sinais e sintomas a seguir: temperatura maior que 38ºC ou menor que 35ºC; frequência cardíaca maior que 90 batimentos/minuto; frequência respiratória maior que 20 incursões/minuto e alteração no número de leucócitos. À sepse grave, acrescente-se piora da função dos rins; queda das plaquetas; alteração do estado de consciência; dificuldade respiratória; alterações da coagulação; diminuição da função do coração etc.

Fonte: Ascom Santa Casa

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