O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Ormar Coelho de Mello, enviou nesta terça-feira, 13, ofício com o pedido de afastamento de cinco deputados indiciados durante a Operação Taturana, deflagrada pela Polícia Federal em Alagoas em dezembro de 2007. Segundo a PF, o esquema teria desviado mais de R$ 280 milhões da folha de pessoal da Assembléia Legislativa de Alagoas.
Apesar de ter anunciado o envia do ofício, a assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual disse que até o momento nenhum documento chegou ao MP. Esta é a terceira vez que a Ordem envia ofício ao MP solicitando o afastamento dos deputados, no entanto, será a primeira vez que o pedido será analisada pelo novo procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares.
Segundo Coêlho, “a OAB faz esse pedido, refletindo o clamor social, legitimidade pelos anseios da sociedade alagoana”. A diretoria da Ordem em Alagoas quer o afastamento imediato dos deputados Marcos Barbosa (PMN), Paulo Fernando dos Santos (PT), Cláudia Brandão – eleita para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas-, Temóteo Correia e George Clemente, “por ser de indiscutível e soberana justiça”.
E prossegue, “no transcorrer do ano passado, após o afastamento de diversos deputados indiciados na citada operação, outros deputados vieram a ser indiciados [estes cinco estão entre eles] e, para surpresa de todos, continuam em pleno exercício dos cargos, gerando um profundo clamor e indignação da sociedade alagoana, pelo tratamento antisonômico.
Omar Coelho alega que não há justificativa para o não afastamento. “Não é o fato de condenar absolutamente ninguém antes do término do processo, mas, simplesmente fazer-se justiça”, disse.
