Investigações de mortes em presídios

O Delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, garantiu, na tarde desta terça-feira, total apoio nas investigações que estão sendo presididas pelo delegado do 10º Distrito da Capital, Aydes Ponciano, para apurar a morte de detentos em presídios de Maceió. No encontro, ocorrido na sede da Delegacia Geral, em Jacarecica, Aydes Ponciano explicou que já foram instaurados inquéritos policiais para apurarem os casos.

“Vamos acompanhar de perto as investigações e se for necessário disponibilizar mais pessoal para que o delegado Aydes Ponciano esclareça no mais curto espaço de tempo possível essas mortes, encaminhando os inquéritos para a Justiça”, assegurou Marcílio Barenco.

Na manhã de hoje, o delegado do 10º Distrito Policial ouviu o depoimento do Intendente Geral do Sistema Penitenciário, tenente coronel Luiz Bugarin, sobre mortes ocorridas nos presídios Baldomero Cavalcante e Cyridião Durval.

Inicialmente, as mortes foram anunciadas como suicídios, mas a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Alagoas (OAB/AL), questionou essa versão depois de tomar depoimentos de parentes das vítimas.

Em suas declarações, à polícia, o intendente falou sobre o enforcamento de Luís Carlos da Silva Santos, em 9 de setembro do ano passado, esclarecendo quanto aos procedimentos adotados em casos dessa natureza no sistema prisional. Segundo Luiz Bugarin, quando acontece mortes no sistema, o chefe de setor, gerente geral ou outro servidor isola o local do crime, avisa o fato ao Departamento de Segurança e Inteligência e à Diretoria da Unidade Penitenciária. Depois, são acionados o Instituto de Criminalística, Instituto Médico Legal e à Delegacia do 10º Distrito Policial. Também é aberta uma sindicância e o fato é comunicado à Secretaria de Defesa Social.

O delegado Aydes Ponciano afirmou que o 10º DP já vinha dando andamento aos inquéritos policiais sobre essas mortes, e que, por enquanto, ainda não recebeu oficialmente da OAB/AL documentos que foram apresentados à imprensa pelo presidente da comissão, Gilberto Irineu. Esclareceu ainda que cada caso era apurado individualmente. Nesta quinta-feira, o delegado também ouviu o chefe de disciplina do presídio Cyridião Durval, e familiares das vítimas. Aydes Ponciano informou que a testemunha que apareceu na imprensa questionando a morte de um filho no sistema prisional, inclusive, já havia prestado declarações no 10º DP.

Fonte: PC

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos