Prefeita Renata Moraes fala sobre caos na educação
A prefeita de Branquinha reuniu na manhã desta sexta –feira, 27, pais, educadores, representantes Central Única dos Trabalhadores (Sinteal) e da Central Única do Trabalhadores (CUT), vereadores e administração Municipal para comunicar a real situação da Educação do Município. O encontro aconteceu na Escola Manoel Gomes de Barros e reuniu quase 500 pessoas.
A prefeita diz que a gestão anterior não passou para o Censo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEB) no ano passado os dados de nove das quinze escolas que existem no Município. Das seis restantes, os números foram inferiores. Além disso, para o transporte de alunos da zona rural para urbana também a conta está zerado, por que também não foi informada. Resultado; caos total.
Todos que participaram da reunião levaram ao apoio a prefeita de Branquinha Renata Moraes, que desde da última semana já esteve em vários órgãos em Brasília e aqui no Estado. Do MEC recebeu a orientação que juntasse os dados referentes as escolas e alunos e entrasse com a ação na Justiça Federal. A papelada está pronta, e na segunda-feira, 30, às 11h, ela irá fazer o que o Ministério orientou juntamente com advogada da Prefeitura, entregar a documentação a Justiça Federal.
Para Lenilda Lima, representante da CUT o que fizeram em Branquinha foi tentar inviabilizar qualquer projeto de educação, “Coloco-me a disposição de Branquinha para ajudar a tirar a educação desse caos que deixaram” afirmou.
Lenilda disse que ia acionar o Conselho estadual de Educação para junto a prefeita estudar uma saída mais rápida. Mas lembrou que o dinheiro destinado pelo Ministério da Educação já foi repassado no final do ano, agora o governo federal vai ter viabilizar uma verba somente para Branquinha e aí é um problema. “Vamos ter que envolver a bancada federal e todas as pessoas ligadas a educação para tentarmos resolver o problema em menor espaço de tempo”, ressaltou a representante da CUT.
O vereador José Quitério que representou a Câmara Municipal disse que a situação é grave por que não é só a educação e os alunos que são atingidos, e uma população já que é um efeito dominó. “Se não temos verbas, não pagamos aos funcionários e com isso o dinheiro não gira no comércio e todos ficamos prejudicados”, enfatizou o parlamentar.
A prefeita Renata Moraes relatou a situação para as pessoas e disse que não irá medir esforços para que o governo federal entenda que não foi ela a responsável pela situação que hoje está posta na Educação do Município. “Para administrar é preciso que isso seja resolvido se não vamos ficar engessados".
Segundo a prefeita, a administração anterior deixou de informar ao INEP a existência de nove escolas e das seis restantes os números repassados foram menores do que a realidade. Um exemplo é a Escola Mário Gomes de Barros, a maior do município, onde eles informaram apenas 563 alunos e na verdade o número era de 1.444.
No total, a gestão anterior teria de informar 3.167 alunos e não 1.171, gerando um déficit de 1.996 alunos comprometendo um repasse de 1.700 mi neste ano de 2009.
