O delegado–geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, elogiou a determinação do desembargador Tutmés Airan de Albuquerque Melo, anunciada nesta terça-feira (23), no sentido de que os xadrezes das delegacias do 2°, 3° e 22° Distritos de Polícia da Capital, bem como os da Delegacia de Plantão II (Deplan II) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de Cargas de Maceió sejam interditados.
Marcílio Barenco informou que, há cerca de 30 dias ( desde o dia 20 de agosto deste ano), o processo de desativação dos xadrezes dessas delegacias foi iniciado, já tendo sido concluído. “A determinação do desembargador contempla o anseio da nossa instituição de possibilitar aos policiais civis desenvolverem a sua real atividade-fim de investigar crimes, e não de cuidar de presos em delegacias”, salientou.
O delegado-geral disse ter mantido contato telefônico com o desembargador para informar sobre o cumprimento de sua determinação. E adiantou que, até a próxima sexta-feira, mais uma delegacia da Capital – o 5º Distrito – terá os seus xadrezes desativados, sendo a última que faltava na Capital. “No contato telefônico, o desembargador Tutmès Airan parabenizou a iniciativa da Delegacia-geral em retirar os presos das delegacias, mesmo antes da decisão judicial” disse Marcílio Barenco.
Barenco disse que fará a comunicação oficial ao desembargador, da retirada dos presos, tão logo receba a decisão judicial.
No despacho, divulgado nesta sexta-feira, pelo site do TJ/AL, o desembargador afirma ter atendido recurso do Ministério Público, no qual afirmava que o funcionamento dos xadrezes das delegacias citadas representava flagrante ofensa à dignidade humana e falta de condições mínimas de higiene e segurança. E alegou ainda que é direito de todo ser humano ter proteção, respeito e promoção, além de sua integridade física.
