Barenco falou sobre criação de comissão
O Conselho Estadual de Segurança Pública decidiu, por sugestão do presidente do órgão, Delson Lyra, criar uma comissão para estudar e ajudar na busca de soluções para as dificuldades apresentadas pela Polícia Civil de Alagoas, e que foram mostradas pelo delegado-geral Marcílio Barenco, durante reunião do colegiado realizada nesta terça-feira (20), no Salão de Despachos do antigo Palácio Floriano Peixoto, no Centro.
Durante mais de duas horas, Barenco falou sobre as realizações, avanços e dificuldades enfrentadas, nos 18 meses (um ano e seis meses), em que está à frente da instituição policial e recebeu apoio dos conselheiros, no sentido, principalmente, de encontrar alternativas para as questões financeiras que a PC tem para levar adiante os seus projetos.
O delegado-geral explicou que, apesar dessas dificuldades, especialmente de ordem financeira, a PC conseguiu importantes avanços, desde a organização interna até o combate direto à criminalidade. Ele citou, como exemplos, a reforma de diversas delegacias de polícia – com recursos próprios -, a criação das Centrais de Polícia – em Maceió e em Arapiraca (atualmente em fase final de implantação), e a disponibilização de novos serviços, a exemplo da Delegacia Interativa e do Disque Denúncia, entre outras medidas criativas, que melhoram o atendimento à população.
Marcílio Barenco mencionou a criação da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), do Grupo Especial de Apoio à Investigação (GEAI), das Operações Asfixia e Sufoco, a reativação da Delegacia de Homicídios, e a desativação das carceragens das delegacias distritais e especializadas da Capital como fatores que vêm contribuindo para a melhoria dos serviços da instituição policial.
“A eficiência dessas medidas podem ser mensuradas quando a gente lembra que 100% dos casos de seqüestros, em Alagoas, foram solucionados, inclusive com a libertação das vítimas e responsabilização dos envolvidos, desde que assumimos a direção da PC”, afirmou. A implantação de uma nova casa de custódia, nos moldes da que está em funcionamento em prédio anexo ao 9º Distrito da Capital, no Jacintinho, foi anunciada pelo delegado-geral.
Ela deve ser instalada na região metropolitana e propiciará a desativação de carceragens em outras delegacias, fazendo com que os policiais civis possam trabalhar efetivamente em sua atividade-fim que é a investigação. Marcílio Barenco voltou a defender a necessidade de realização de concurso público para preenchimento de vagas nos quadros da Polícia Civil. Atualmente, segundo ele, existe a carência de 74 delegados, 1.939 agentes de polícia e 140 escrivães.
Sugeriu também a contratação de 250 estagiários que possam ajudar na execução de serviços na área administrativa do órgão. Mesmo com as dificuldades de pessoal, conforme assegurou, a PC está realizando um mutirão para a regularização de inquéritos, correições periódicas nas delegacias, e pretende reestruturar a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN) e estruturar um Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O delegado-geral agradeceu ao governo do Estado pela aquisição da sede própria da Polícia Civil. O prédio onde atualmente já funciona a instituição, no bairro de Jacarecica, será sua sede definitiva.
