‘Um pedaço do PT foi assassinado com o Genildo’, diz Brito

Priscylla Régia/Alagoas24horasJoaquim Brito e o vice-governador José Wanderley

Joaquim Brito e o vice-governador José Wanderley

Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) se reuniram com o vice-governador José Wanderley (PMDB) e com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, na tarde desta terça-feira, 1º, para cobrar agilidade nas investigações acerca do assassinato do presidente do PT de Campo Alegre, o suplente de vereador Genildo Correia Soares, morto no domingo, 29.

“Um pedaço do PT foi assassinado junto com o Genildo”, disse Joaquim Brito, presidente estadual do partido, antes de entrar na reunião, que aconteceu a portas fechadas no Palácio República dos Palmares. Além dele, participaram da audiência o ex-superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, Jorge Venerando, Lenilda Lima e os deputados estaduais Paulão e Judson Cabral.

Brito contou que o PT alagoano comunicou o caso ao presidente Lula, que irá acompanhar as investigações por meio de relatórios semanais, e voltou afirmar que o crime foi de mando.

Ele e Paulão contaram que, no ano passado, antes das eleições municipais, Genildo teria flagrado uma ação de crime eleitoral e, poucos dias depois, foi espancado. Também no ano passado, em setembro, o candidato recebeu uma carta anônima com ameaças de morte. Depois da morte do suplente, cópias da carta foram entregues à polícia e distribuídas para a imprensa.

Paulão frisou que Genildo também havia feito denúncias contra dois vereadores da região, mas não entrou em detalhes sobre nomes de possíveis suspeitos de envolvimento no homicídio. “Esperamos que o Governo priorize as investigações, pois trata-se de um crime de mando, praticado contra um homem que teve votos limpos em uma cidade com grande corrupção eleitoral”.

O deputado estadual aproveitou a ocasião para criticar a estrutura do Instituto Médico Legal (IML) em Arapiraca e de toda a segurança pública no Estado. Ele denunciou a demora no recolhimento do corpo – que acabou sendo removido por uma funerária – e o fato de estar faltando carro e até formol no IML.

Recompensa

O ex-superintendente Pinto de Luna confirmou o pagamento de uma recompensa no valor de R$ 5 mil para quem indicasse o nome e fornecesse provas que incriminassem o assassino. Ele disse que o pagamento seria feito por meio de cota entre os membros do Partido. Brito afirmou que essa não era a posição oficial do PT, mas disse que não se opunha a quem quisesse pagar a recompensa em troca das informações.

O crime

Genildo foi assassinado no domingo, 29, no distrito de Luziápolis, em Campo Alegre, com três tiros de pistola .40. Ele foi candidato a vereador nas eleições passadas e obteve 274 votos.

De acordo com testemunhas, o executor seria um homem de cor morena, aparentando 45 anos, que estava próximo a um bar onde Genildo se encontrava com amigos. Quando a vítima saiu do bar, o suspeito se dirigiu ao Fusca preto do petista e efetuou os disparos.

O assassino fugiu em um Pálio de cor vinho onde estavam mais dois homens que lhe deram cobertura. O crime está sendo apurado pelo delegado Mário Jorge Barros, titular de Campo Alegre.

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