A parte ofendida perante a justiça

O ofendido, sujeito passivo de crimes ou fatos em que há dano físico ou moral à pessoa, como nos ataques contra a vida, a saúde, a honra e os costumes, é visto com descaso por algumas pessoas que fazem a justiça e que vêem no ofendido um mendigo, a perambular de vara em vara, de gabinete em gabinete, de tribunal em tribunal, para pedir que lhe façam justiça. Justiça muitas vezes tardia ou que se extingue sem julgamento de mérito, pelo descaso dos que deveriam cumprir bem os seus deveres funcionais e judicantes. Há autoridades que por desídia, letargia ou falta de coragem de decisão, tornam-se especialistas em engavetamento de processos, os chamados e conhecidos recursos de gaveta, para os quais não há remédio.

Essas autoridades esperam que o tempo, aliado maior dos criminosos e delinqüentes, e que tudo apaga, apague, também, as mazelas praticadas e não julgadas, beneficiando os maus feitores com o instituto da prescrição, da preclusão, da extinção da punibilidade e de outras escapatórias do direito, o que só favorece os fora da lei.

“As injustiças, se alanceiam as vítimas, também, fere quem as pratica.”(Camilo Castelo Branco).

Os prazos processuais deveriam ser cumpridos com rigor, sob pena de crime de prevaricação para quem não o fizesse. Dizem que o pior advogado é aquele que perde o prazo. Lamentavelmente, no Brasil, só existe prazo para os advogados.

“O justo perece e ninguém se incomoda. As pessoas de bem são arrebatadas e ninguém se importa.” Isaias – (57,1). Daí a falta de credibilidade na justiça.

Dizem que o poder dos maus aterroriza e convence mais aos julgadores do que a virtude dos bons. No Brasil, assistimos as vítimas e as testemunhas cabisbaixas e amedrontadas nos fóruns, ante a prepotência e a arrogância dos criminosos.

“Homem de palavra”! Esta expressão costuma ser um dos melhores elogios que se pode fazer a uma pessoa. E como dói a infidelidade, como cala fundo na alma quando comprovamos que tal ou qual pessoa nos faltou com a lealdade!

“A injustiça, por ínfima que seja a criatura vitimada, revolta-me, transmuda-me, incendeia-me, roubando-me a tranqüilidade e a estima pela vida”. (Rui Barbosa).

Disse Jesus: “Bem aventurados os que têm sede de justiça, porque eles serão saciados”. Saciados no céu acredito, porque na terra, jamais!

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