Cesmac discute Abuso Sexual e Exploração

No Brasil, a data de 18 de maio marca o Dia Nacional de Combate à Exploração
e Abuso Sexual Infantil. Diante do número crescente de denúncias de violência contra crianças registrados no País, é notório que o momento é de
muita reflexão. É com o objetivo de promover um amplo debate sobre o tema que o Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) realiza nesta sexta-feira, dia 16, uma mesa redonda sobre Abuso Sexual e Exploração Infantil. O evento está programado para as 14h, no auditório da Faculdade de Ciências Humanas (FCH), localizado no Complexo Educacional Padre Teófanes Barros (Rua ÍrisAlagoense, 437).

Farão parte da mesa redonda o defensor Geral do Estado, Eduardo Antônio de Campos Lopes; o vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia, Lourenço Leirias; o coordenador do curso de Psicologia do Cesmac, Liércio Pinheiro e o supervisor da Clínica da FCH, o psicólogo Franklin Bezerra.

Durante o encontro, os especialistas vão abordar a problemática sobre vários aspectos. Eles vão discutir as motivações e o perfil psicológico dos abusadores de crianças, bem como as punições previstas nas leis brasileiras para o caso de
violência infantil. Os impactos psicológicos sobre as vítimas infantis de abuso e que tipo de apoio clínico e psicológico elas deveriam receber da família e da rede pública de atendimento à saúde e assistência social.

Sobre o dia 18 de maio – O Dia Nacional de Combate à Exploração e Abuso Sexual Infantil – foi instituído por lei federal no ano 2000 por causa da morte da menina Araceli Crespo, ocorrida em 18 de maio de 1973. Araceli tinha apenas nove anos quando, a pedido da mãe, foi levar um envelope para um grupo de rapazes em um edifício no centro de Vitória, Espírito Santo. Ao chegar no local marcado, ela foi espancada, estuprada e morta. “Seis dias depois do massacre da menina, um moleque caçava passarinhos num terreno baldio atrás do Hospital Infantil Menino Jesus, na Praia Comprida, perto do Centro da capital. Mas o que ele encontrou foi o corpo despido e desfigurado de Araceli. Começou, então, a ser tecida uma rede de cumplicidade e corrupção, que envolveu a polícia e o judiciário e impediu a apuração do crime e o julgamento dos acusados por uma sociedade silenciada pelo medo e oprimida pelo abuso de poder”, relata o jornalista Pedro Argemiro, em reportagem publicada na revista Crimes Que Abalaram o Brasil.

Em agosto de 1977, o juiz Hilton Sily determinou a prisão de Dante de Brito Michelini e Paulo Constanteen Helal, acusados pelo assassinato de Araceli, e de Dante Barros Michelini, pai de um dos acusados, sob a acusado de tumultuar o inquérito para livrar o filho. Mas, em outubro do mesmo ano eles já estavam soltos. Em 1980, os acusados foram julgados e condenados, mas a
sentença foi anulada. Em novo julgamento, realizado em 1991, os reús foram absolvidos. “O crime já prescreveu. Mas o Caso Araceli é uma ferida que nunca cicatrizou completamente. Mexer com o assunto em Vitória ainda desperta medo, revolta e incredulidade”, escreveu o jornalista. O crime também ficou imortalizado com a publicação do livro “Araceli, meu amor”, do
jornalista José Louzeiro.

Fonte: Assessoria

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