Marcelo Vitor nega posse de armas ilegais

Sionelly Leite/Alagoas24horasDeputado Marcelo Vitor

Deputado Marcelo Vitor

O deputado estadual Marcelo Vitor (PTB) já se encontra na sede da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá. De acordo com o delegado que preside o inquérito da Operação Taturana, Janderlyer Gomes, o parlamentar será ouvido por conta de duas investigações. A primeira é referente a armas que teriam sido encontradas durante a Operação Taturana e que pertenceriam ao deputado estadual. O segundo diz respeito ao uso da Gratificação de Apoio Parlamentar (GAP).

Quanto ao primeiro inquérito, Janderlyer Gomes adiantou à imprensa que Marcelo Vitor será indiciado por posse ilegal de arma. No segundo, o parlamentar deve apenas ser ouvido para explicar o procedimento da GAP. Gomes considera – conforme declaração dada à imprensa – a GAP “ilegal e imoral”. De acordo com o delegado, ela fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Polícia Federal acredita que a gratificação – aprovada nesta legislatura – era uma das formas utilizadas para desviar recursos. Durante a operação, a Polícia Federal desbaratou uma quadrilha que desviou mais de R$ 280 milhões dos cofres públicos. Dentre os mais de cem indiciados, estão 14 deputados estaduais. Nove deles foram afastados da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas.

Marcelo Vitor não será incluído nesta lista, mas vai responder pelas armas. Em entrevista à imprensa, na entrada da sede da Polícia Federal, o parlamentar confirmou que possui armas, mas disse que estas são devidamente registradas pelas Forças Armadas. De acordo com o delegado, das nove armas do parlamentar, duas são sem registro e – portanto – ilegais.

Vitor nega que estas duas armas – um revólver e uma espingarda calibre 12 – sejam dele. Ele diz que do que foi encontrado pela Polícia Federal pertence a ele apenas as munições de recarga e o material de competição. Por sinal, as munições encontradas chamaram a atenção do delegado Janderlyer Gomes.

Marcelo Vitor disse ainda que – em relação à GAP – não teria utilizado o recurso. “Não usei da verba da GAP, seja de forma legal ou ilegal”, salientou ainda o deputado estadual. Segundo Janderlyer Gomes, os deputados estaduais que fizeram uso da GAP chegaram a movimentar mais de R$ 150 mil por mês, incluindo a gratificação, salário e verbas de gabinete.

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