Rafael Torres presta esclarecimentos na PF
O ex-prefeito de Rio Largo, Rafael Torres, chegou agora há pouco ao prédio do Departamento Regional de Polícia Federal em Alagoas, onde prestará depoimento ao delegado Janderlyer Gomes, presidente do inquérito que investiga o desvio de mais de R$ 280 milhões da folha de pessoal da Assembléia Legislativa de Alagoas.
Ao chegar à PF, Rafael Torres – que estava acompanhado do advogado Adelmo Cabral – mostrou tranqüilidade e até bom humor para lidar com a imprensa, que o aguardava no local.
O ex-prefeito, que foi indiciado durante a Operação Guabiru – que investigou uma organização criminosa que desviava recursos federais destinados à aquisição de merenda escolar – só se recusou a falar sobre a derrota que sofreu nesta terça-feira, 27, no Tribunal de Contas da União (TCU), ao ser condenado a pagar R$ 607.462,62, valor atualizado, por conta de irregularidades na aplicação do dinheiro repassado por convênio pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) para o município de Rio Largo, na época que era prefeito.
Torres frisou que não foi intimado, segundo ele, o delegado Janderlyer Gomes o teria convidado, por meio de contato telefônico, a comparecer à PF e que ele (Torres) teria adiado uma viagem para estar presente ao depoimento. Ele disse, ainda, que estaria passando um momento pessoal delicado, uma vez que teria perdido a mãe recentemente.
Ao anunciar o depoimento de Rafael Torres, o delegado Janderlyer Gomes disse que o nome do empresário havia surgido após o laudo realizado em vários documentos apreendidos na Assembléia Legislativa de Alagoas e que Torres estaria ligado a um deputado.
Ao chegar à PF, nesta quarta-feira, 28, Torres esclareceu que o parlamentar a qual estaria ligado seria o deputado afastado Cícero Amélio (PMN) a quem ele definiu como ‘amigo irmão’. Rafael Torres declarou, ainda, que não sabia que foi convocado e que caberia à Polícia Federal explicar as razões para o chamamento e que apesar de ser seu amigo, Cícero Amélio jamais lhe deu nada.
